“Mea Culpa”

É possível ler na paisagem urbana
Aquilo que é difícil, impossível ver
No meu rosto, o esgar sem esforço
Que nem todos entendem, provo a

Loucura a trepar por igrejas frias, nuas
Pra ver o tísico universo, paciente
Responder a um cego mudo brando,
Eu sou o resultado de algo que nego,

Consequente à minha própria
Inconsequência mecânica,
Por conseguinte exponho na pele
E exponencio na consciência sobretudo

O privilégio régio, magnânimo
Como se fosse vício, delinquência
Galga, quiçá consciente a noção do crime
De pungente mea-culpa,

O aborto métrico, sintético,
O desacato mental genérico,
O pensar mais baixo, mais rude, mais duro,
Resinoso, oscilante e menos pragmático,

Eu sou o mau exemplo, o mau futuro
De tudo aquilo que julgam acerca,
A insanidade mental perfeita,
Com mais defeitos que qualidades,

O pé de atleta, o carbúnculo, o seboso,
O obstetra cego, o nado morto, o gordo,
O gago, enfim o geneticamente cru e cruel,
O amargo na boca, o rabo torto da porca …

Jorge Santos (06/2022)

https://namastibet.wordpress.com/

http://namastibetpoems.blogspot.com

Submited by

Sunday, November 20, 2022 - 19:18

Poesia :

No votes yet

Joel

Joel's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 2 hours 34 min ago
Joined: 12/20/2009
Posts:
Points: 43640

Comments

Joel's picture

É possível ler na paisagem

É possível ler na paisagem urbana
Aquilo que é difícil, impossível ver
No meu rosto, o esgar sem esforço
Que nem todos entendem, provo a

Loucura a trepar por igrejas frias, nuas
Pra ver o tísico universo, paciente
Responder a um cego mudo brando,
Eu sou o resultado de algo que nego,

Consequente à minha própria
Inconsequência mecânica,
Por conseguinte exponho na pele
E exponencio na consciência sobretudo

O privilégio régio, magnânimo
Como se fosse vício, delinquência
Galga, quiçá consciente a noção do crime
De pungente mea-culpa,

O aborto métrico, sintético,
O desacato mental genérico,
O pensar mais baixo, mais rude, mais duro,
Resinoso, oscilante e menos pragmático,

Eu sou o mau exemplo, o mau futuro
De tudo aquilo que julgam acerca,
A insanidade mental perfeita,
Com mais defeitos que qualidades,

O pé de atleta, o carbúnculo, o seboso,
O obstetra cego, o nado morto, o gordo,
O gago, enfim o geneticamente cru e cruel,
O amargo na boca, o rabo torto da porca …

Jorge Santos (06/2022)

https://namastibet.wordpress.com/

http://namastibetpoems.blogspot.com

Joel's picture

É possível ler na paisagem

É possível ler na paisagem urbana
Aquilo que é difícil, impossível ver
No meu rosto, o esgar sem esforço
Que nem todos entendem, provo a

Loucura a trepar por igrejas frias, nuas
Pra ver o tísico universo, paciente
Responder a um cego mudo brando,
Eu sou o resultado de algo que nego,

Consequente à minha própria
Inconsequência mecânica,
Por conseguinte exponho na pele
E exponencio na consciência sobretudo

O privilégio régio, magnânimo
Como se fosse vício, delinquência
Galga, quiçá consciente a noção do crime
De pungente mea-culpa,

O aborto métrico, sintético,
O desacato mental genérico,
O pensar mais baixo, mais rude, mais duro,
Resinoso, oscilante e menos pragmático,

Eu sou o mau exemplo, o mau futuro
De tudo aquilo que julgam acerca,
A insanidade mental perfeita,
Com mais defeitos que qualidades,

O pé de atleta, o carbúnculo, o seboso,
O obstetra cego, o nado morto, o gordo,
O gago, enfim o geneticamente cru e cruel,
O amargo na boca, o rabo torto da porca …

Jorge Santos (06/2022)

https://namastibet.wordpress.com/

http://namastibetpoems.blogspot.com

Joel's picture

É possível ler na paisagem

É possível ler na paisagem urbana
Aquilo que é difícil, impossível ver
No meu rosto, o esgar sem esforço
Que nem todos entendem, provo a

Loucura a trepar por igrejas frias, nuas
Pra ver o tísico universo, paciente
Responder a um cego mudo brando,
Eu sou o resultado de algo que nego,

Consequente à minha própria
Inconsequência mecânica,
Por conseguinte exponho na pele
E exponencio na consciência sobretudo

O privilégio régio, magnânimo
Como se fosse vício, delinquência
Galga, quiçá consciente a noção do crime
De pungente mea-culpa,

O aborto métrico, sintético,
O desacato mental genérico,
O pensar mais baixo, mais rude, mais duro,
Resinoso, oscilante e menos pragmático,

Eu sou o mau exemplo, o mau futuro
De tudo aquilo que julgam acerca,
A insanidade mental perfeita,
Com mais defeitos que qualidades,

O pé de atleta, o carbúnculo, o seboso,
O obstetra cego, o nado morto, o gordo,
O gago, enfim o geneticamente cru e cruel,
O amargo na boca, o rabo torto da porca …

Jorge Santos (06/2022)

https://namastibet.wordpress.com/

http://namastibetpoems.blogspot.com

Joel's picture

É possível ler na paisagem

É possível ler na paisagem urbana
Aquilo que é difícil, impossível ver
No meu rosto, o esgar sem esforço
Que nem todos entendem, provo a

Loucura a trepar por igrejas frias, nuas
Pra ver o tísico universo, paciente
Responder a um cego mudo brando,
Eu sou o resultado de algo que nego,

Consequente à minha própria
Inconsequência mecânica,
Por conseguinte exponho na pele
E exponencio na consciência sobretudo

O privilégio régio, magnânimo
Como se fosse vício, delinquência
Galga, quiçá consciente a noção do crime
De pungente mea-culpa,

O aborto métrico, sintético,
O desacato mental genérico,
O pensar mais baixo, mais rude, mais duro,
Resinoso, oscilante e menos pragmático,

Eu sou o mau exemplo, o mau futuro
De tudo aquilo que julgam acerca,
A insanidade mental perfeita,
Com mais defeitos que qualidades,

O pé de atleta, o carbúnculo, o seboso,
O obstetra cego, o nado morto, o gordo,
O gago, enfim o geneticamente cru e cruel,
O amargo na boca, o rabo torto da porca …

Jorge Santos (06/2022)

https://namastibet.wordpress.com/

http://namastibetpoems.blogspot.com

Joel's picture

É possível ler na paisagem

É possível ler na paisagem urbana
Aquilo que é difícil, impossível ver
No meu rosto, o esgar sem esforço
Que nem todos entendem, provo a

Loucura a trepar por igrejas frias, nuas
Pra ver o tísico universo, paciente
Responder a um cego mudo brando,
Eu sou o resultado de algo que nego,

Consequente à minha própria
Inconsequência mecânica,
Por conseguinte exponho na pele
E exponencio na consciência sobretudo

O privilégio régio, magnânimo
Como se fosse vício, delinquência
Galga, quiçá consciente a noção do crime
De pungente mea-culpa,

O aborto métrico, sintético,
O desacato mental genérico,
O pensar mais baixo, mais rude, mais duro,
Resinoso, oscilante e menos pragmático,

Eu sou o mau exemplo, o mau futuro
De tudo aquilo que julgam acerca,
A insanidade mental perfeita,
Com mais defeitos que qualidades,

O pé de atleta, o carbúnculo, o seboso,
O obstetra cego, o nado morto, o gordo,
O gago, enfim o geneticamente cru e cruel,
O amargo na boca, o rabo torto da porca …

Jorge Santos (06/2022)

https://namastibet.wordpress.com/

http://namastibetpoems.blogspot.com

Odairjsilva's picture

Muito bom. Gostei!

Muito bom. Gostei!

Odairjsilva's picture

Muito bom. Gostei!

Muito bom. Gostei!

Odairjsilva's picture

Muito bom. Gostei!

Muito bom. Gostei!

Odairjsilva's picture

Muito bom. Gostei!

Muito bom. Gostei!

Odairjsilva's picture

Muito bom. Gostei!

Muito bom. Gostei!

Add comment

Login to post comments

other contents of Joel

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Poesia/General (Vive la France) 465 19.084 04/14/2019 - 18:48 Portuguese
Ministério da Poesia/General Calmo 332 45.480 04/14/2019 - 18:46 Portuguese
Poesia/General A ilusão do Salmão ... 544 278.771 04/14/2019 - 18:45 Portuguese
Ministério da Poesia/General Sofro por não ter falta , 612 26.487 04/13/2019 - 10:39 Portuguese
Ministério da Poesia/General Ridículo q.b. 509 10.373 04/12/2019 - 15:22 Portuguese
Ministério da Poesia/General À dimensão do horto … 347 44.454 04/11/2019 - 08:45 Portuguese
Ministério da Poesia/General Trago em mim dentro 771 46.206 04/10/2019 - 09:53 Portuguese
Poesia/General Último Poema 435 17.217 04/10/2019 - 09:50 Portuguese
Ministério da Poesia/General Colossal o Oceano, 434 17.938 04/10/2019 - 09:49 Portuguese
Ministério da Poesia/General O Gebo e o Sonho. 404 17.632 04/10/2019 - 09:48 Portuguese
Ministério da Poesia/General Convenço, convencei, convençai… 491 13.828 04/09/2019 - 11:00 Portuguese
Poesia/General Certidão de procedência 406 21.729 04/09/2019 - 10:58 Portuguese
Poesia/General - Papoila é nome de guerra - 359 64.375 04/09/2019 - 10:56 Portuguese
Poesia/General Como terra me quero, descalço e baixo ... 480 20.265 04/09/2019 - 10:52 Portuguese
Poesia/General O erro de Descartes 479 12.979 04/09/2019 - 10:49 Portuguese
Ministério da Poesia/General V de Vitória - Revolução - 537 14.591 04/03/2019 - 15:43 Portuguese
Ministério da Poesia/General Minha alma é um lego 506 84.691 03/30/2019 - 16:19 Portuguese
Ministério da Poesia/General Eu sou tudo aquilo por onde me perco… 420 19.150 03/30/2019 - 16:17 Portuguese
Poesia/General (1820) 305 15.594 03/30/2019 - 16:14 Portuguese
Ministério da Poesia/General "Je ne dis rien, tu m'écoutes" 468 17.342 03/30/2019 - 16:13 Portuguese
Ministério da Poesia/General Cansei. 346 24.004 03/30/2019 - 16:11 Portuguese
Ministério da Poesia/General Temo as sombras e o burburinho … 352 10.494 03/30/2019 - 16:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Despido de tudo quanto sou... 241 23.602 03/30/2019 - 16:03 Portuguese
Ministério da Poesia/General O mar que não tem a Lua ... 288 204.185 03/30/2019 - 16:03 Portuguese
Poesia/General Ou eu me não chame de Antônio ... 543 11.613 03/30/2019 - 16:01 Portuguese