PORQUE ME OLHAM?!
Um pouco de tudo, um pouco de nada
Vou à frente, vou cansada.
Espero a vez...
Porque me olham? Ah sei... talvez!?
Porque nenhum de vós conhece a caminhada.
Cada dia é um milagre a acontecer
E o coração começa a apertar-se
Mas eu quero escrever, escrever...
Até sentir a morte a mim a chegar-se.
Vai longe o passo da partida
Aproxima-se o passo da chegada
Caminhei tão distraída!?
Que cheguei em menos de nada.
Trago comigo a dor da saudade
Mas enquanto escrevo sou imortal
Mesmo agora que já é tarde
Escrevo, escrevo e afasto o mal.
Escrevo, ignoro para quém
Escrevo palavras despretenciosas
Quem sabe não haja alguém!?
Que sinta nelas o odor das rosas.
Eu sei que vivo de ilusões
Mas trago ainda a coragem
Ao escrever, passam todas as aflições
E até esqueço que estou de passagem.
Esta escrita não me dá tréguas, tenho de escrever
Podeis até rir à vontade
Hei-de escrever até morrer
Depois? Depois podeis tudo rasgar!
Enquanto me der saudade
De tudo quanto amei e hei-de amar
Cantarei, até à loucura,
Tal é minha necessidade.
Desta doença sem cura.
natalia nuno
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Comments
Caminharei até que me
Caminharei até que me dôa
irei ao fundo do destino
até ao fim se for caminho
e dentro, mesmo que sofra
serei como sigo
não serei outra...
Vitor
É sem dúvida assim, serei
É sem dúvida assim, serei como sigo, não serei outra.
Vou soltando minha melancolia, em versos que têm muito de
mim.
Grata Vitor
Abraço
Agora posso entender. E
Agora posso entender.
E poder saber como é ler algo
que pareça ser como o que faço.
Gabriela Dias
agradecimento
Obrigada Gabriela, pela visita, como vês
é simples minha poesia, e melancólica, quem sabe não sejamos
poetas destinadas a poetar a tristeza?!
Beijo amiga
Por incrivel que pareça,
Por incrivel que pareça, escrevendo assim
me sinto bem.
Acho que é o que nos
resta...
Beijo!
Tens razão, também não sei
Tens razão, também não sei expressar-me de outro modo,
para além do mais poesia que não envolva sentimento, não
me diz rigorosamente nada.
Beijinho