Tarde em mim
Tarde em mim
Entulho-me de afazeres
-apenas desprazeres-
De dias que seguem
uns atrás dos outros.
Lembram-me operárias,
saindo febris
de máquinas monótonas,
regressando, elas também,
a outras máquinas..
Mais subtis!
Apenas breves pausas,
Em fins de tarde
descendo sobre ruas
que se vão esvaziando da gente
e das pressões
de donos e patrões!
Enfim, agora, alguns prazeres!
O sol desmaiando.
O silêncio regressando.
A brisa se apressando.
A noite acordando!
OF 24-08-2010
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Tuesday, March 1, 2011 - 03:04
Poesia :
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Comments
Da vida em torverlinho até ao
Da vida em torverlinho até ao sossego ansiado em poema com poesia dentro.Gostei!
Tarde em mim
Obg, Dionísio :)
Numa observação simples, poetizada, de um real, a paz idealizada...
Tarde em mim
O sol desmaiando.
O silêncio regressando.
A brisa se apressando.
A noite acordando!
E, finalmente a tarde em mim, para o descanço merecido!
MarneDulinski
Tarde em mim
Sim, Marne...
A última estrofe "resume" o estado de alma...
Obg, amigo :)
É uma máquina, infernal
É, como digo, em epígrafe, Odete.
Nós acabamos, por nos ver envolvidos, numa
tremenda máquina, que toma conta dos nossos
dias. Gostei, muito, da sua análise.
Retrata a realidade, num poema
bastante bem estruturado.
:-)
Tarde em mim
Obg, Albano...:)
Um poema breve, em que no final de tarde se medita entre um quotiano possivelmente fastidioso e a possibilidade de nos concedermos prazeres, quando nos recolhemos, seja fisicamente num lugar. seja mentalmente, em sonho...