Hino de amor à natureza
Hino de amor à natureza
No verde que minha vista já não alcança, no espaço repleto de beleza eu vejo as rolinhas, felizes e contentes debicarem seus petiscos, os insetos soltos por ali...
Entre os vôos de marcar territórios, os bem-te-vis são agressivos por demais, disputa o pobre pica-pau de penas avermelhadas, fazendo mesmo assim as suas graças na árvore...
Olho o lago com suas imensas águas, espelhando Dourado do Sol, refletindo as nuvens e as árvores dali, e na beira do lago os canto agitados dos quero-queros, querendo eu longe dali...
Entre os pulares nas árvores gigantes, olho e não consigo entender vejo misturados no verde os belos periquitos a namorar, que algazarra eles fazem ali...
Observo as outras árvores e vejo os ninhos do joão-de-barro, quanta perfeição e observo ali e quanto trabalho árduo ele tiveram pelos seus amados filhinhos...
De repente escuto o barulho na água de um mergulhão quase azul e esverdeado a pescar, que belos vôos ele fazia na água, rumando para a enorme castanheira descansar...
Ruídos estranhos e estridentes me fazem olhar para as arvores vizinhas, qual é o meu espanto que vejo famílias de sagüis espreitarem-nos, alguns ainda muitos bebezinhos...
Perdemos em breves pensamentos, ao ver tanta união ali, os bebês seguirem suas mães e lembrar quantos de nós os humanos mataram e maltrataram as nossas crias...
Jamais são deixados ao esquecimento, nem deitados ao lixo, apenas são animais, mas que cuidam verdadeiramente das suas crias como as mães devem ser de verdade...
Olho para o relógio e vejo que são onze horas, vejo gente com seus lanches, para ficar a descansar do trabalho, ficando apreciar o que a natureza ali oferece...
Rasga o silencio da represa, o trem que esta chegando ali, sãos os mais variados vagões de mercadoria, onde outrora era o café que mais se transportava ali...
O Sol se esconde por breves momentos, ficando tudo no mais absoluto silêncio, a penumbra sobressai ali recolhendo os nossos pensamentos...
As nuvens são arrastadas pelo vento que suavemente se faz sentir, deixando o Sol, emergir trazendo o calor e iluminando tudo por ali...
Uma pequena serenata se escuta ali, como agradecimento á vida que corre ali, de novo o barulho das águas, são a belas famílias de capivaras, que vem descansar ali...
Na cor prata da água, vejo emergir os peixinhos, buscando os restos de comida, deixados para as famílias de patos que vivem espalhados ali...
Observo a vida em forma bruta, quanto ela é majestosa, recheada de coisas tão belas como o amor, partilha vivida por eles ali...
Imaginei um verdadeiro artista pintando aquele quadro visto ali, quais seriam as cores pintadas, até os detalhes das minúsculas borboletas e as belas libelinhas voando por ali...
Alegre e completamente feliz, quis dançar ali, esvoaçar como os pássaros, cantar como um canário, como se fosse uma oração e agradecimento a vida...
A paz que eu encontrei e senti ali, apenas é a melhor união com Deus, o mais belo hino de amor cantado pela natureza para mim...
Betimartins
www.betimartins.prosaeverso.net 25 de Março de 2011
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Comments
Hino de amor à natureza
Belíssimo poema, gostei demais!
Viajei junto com sua narrativa e seus personagens bichinhos...
Meus parabéns,
MarneDulinski