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Pai nosso dos violinos
Vivia no limbo e descuidava o corpo ás vezes com sangue…
Era uma estátua quieta com poemas de sede pintados nos lábios.
Vermelhos os ocasos sopravam tépidas orações de violino nas ondas…e o mar…
Traiçoeiro era uma pauta que punha aos dias uma clave de sol.
Então anoitecia e tinha pelas sombras fracções de um olhar misantropo.
Condescendia um afago de espectro na baía onde atracava a alma… e podia-lhe então soprar sacarino o silêncio com muito vagar para não fugir.
Dizia-se feitiço nos olhos distantes.
Que nunca sequer ousaria ditongos, como ideia, de lhe ser e tocar.
Por essa altura ali perto aprendia a nadar no oceano do génio…
Não pensaria sequer que voaria pelas águas a plantar horizontes.
Toquei-lhe nos versos a fumar névoas nas madrugadas insónias.
O nosso livro é uma contracapa com preâmbulo unívoco.
Hoje ouvia cantar na praia ao sul dos meus ocidentes…
Aportava uma lira de coragem na súplica dos mares amplexos.
Cheirei-lhe o útero sideral numa viagem ao cume dos seios.
A boca apeteceu beber toda água do mar para estar perto…
Os violinos oravam na praia ao redor dos cuidados…
Como um pai-nosso que não desvia o olhar das nossas ausências bravias…
Vivia no limbo e descuidava o corpo ás vezes com sangue…
Vesti-me de iodo para sarar as feridas amantes.
Das almas loucas dividimos o cálice no vinho das mágoas.
Aprender a nadar para transpor a latitude das aguas…
Nunca ninguém está sozinho…
Enquanto os violinos tocarem.
Quero-te.
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