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Passou o tempo querida!
	Passou querida, passou o tempo do medo!
	Lembre, já passou o tempo do espanto!
	As vozes nos assustavam...
	Já não percebemos mais...
	Os deja-vus são freqüentes e cotidianos,
	nada revelam.
	Passou o tempo do impressionar-se
	com todo desejo materializado
	e com as certezas da intuição.
	Não importa, agora são regras estabelecidas!
	Passou o tempo daquela alegria ao ver a magia.
	Ela agora esta todo dia, no balde de roupa...
	Na tina! Como o brilho de seus olhos...
	Ou a família!
	Passou o tempo do sonho, dos desafios.
	Tudo já foi conquistado, todos os mares
	e a ilha desconhecida já é habitada
	por marinheiros rebeldes, que envelheceram
	Passou o tempo querida.
	Passaste-o comigo!
	Passou o tempo da raiva enfurecida...
	A morte ficou de lembrança da vida.
	Passou o tempo de ressuscitar, de reconstruir,
	de reerguer todo um castelo todos os dias,
	eterno.
	Vencemos os labirintos
	Mastros erguidos no continente
	E nos satélites.
	Passou o tempo do riso...
	Como rio incontido e turbulento
(e dizem dos rios tão violentos)
	Passou o tempo do verbo,
	que inevitável se faz carne
	Agora já não cronometro
	Passou o tempo da percepção do espaço!
	Passou o barão, o saltimbanco, o palhaço...
	Passaram as classes...
	Passou o tempo do arrebatar-se,
	da experiência concreta
	e das esquinas do Alzheimer
Passou o tempo da eternidade...
	Passou o tempo do encantamento,
	Do carnaval
	Da mágoa, da ressaca...
	Passou a saúde...
	Acabou a historia
	E o tempo de ser perfeito
	Passou o tempo da pulsação supernova,
	Do buraco negro, o tempo do equilíbrio...
	O universo se desencanta.
	Passou o tempo das marés
	que seguem a lua como cordeiros
	Passaram os terremotos...
	Passou o tempo do orgasmo,
	do reencontrar-se eterno
	Por todas as vidas que se sucederam
	Sempre nos vimos... Inevitável!
	Gêmeas e Sagitários!
	Agito os dados...
	Repetem-se os dados...
	Monos eternos datilografam
	Eis então a obra completa
	Na enciclopédia dos séculos
	Genética caótica e estrábica!
	Passou pela estrada em alta velocidade...
	Diziam: “- No Pasaran!”
	E passaram...
	E agora? O que há?
	Me perguntas!
Passou o tempo do questionamento...
	Eu silencio...
	Silencio, porque passou o tempo das respostas...
Como acabou também o tempo do silêncio!
	Beije-me apenas...
	Beije-me apenas, de novo...
	Por mais uma era!
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Comentários
Passou o tempo querida!
Pode até ter passado, mas foi intenso demais em cada detalhe, marcou na pele, na memória, na alma...confesso, levou-me as lágrimas, passou um filme, não li seu poema, assisti uma história de vida...
Perfeito!
Renata Rimet
Me ajuda muito!
Obrigado Renata, suas palavras me ajudam a seguir destinando parte de minhas energias nesse esforço de escrever o que se passa nessa aventura da vida!
Meu muito obrigado, mas deixemos a perfeição para os Deuses! Fique em paz e serena!
Puxa!
Puxa, que passagem longa e fascinante!
Parabéns!
Elizaete
Opa, que bom comentario! Longa mesmo, tenho essa mania de me prolongar demais, sempre tento ser mais sintetico! Beijos e obrigado!
Por mais uma era...
"Por todas as vidas que se sucederam
Sempre nos vimos... Inevitável!"
"Beije-me apenas...
Beije-me apenas, de novo...
Por mais uma era!"
Que no entreabrir dos lábios e no beijo entrelaçado se faça ouvir a resposta como um eco do seu coração.
Por mais uma era e em todas as nossas Vidas...
Sublime poema! Forte impressão em quem o lê.
Obrigada,
Ema
Obrigado
Ola Ema Moura, prazer pela amizade e pelo comentario
Sim, por todas as vidas... que bom... Abraços com carinho!