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Personalidade e controlo
Nesta vida, por vezes agradável, noutros dias agridoce, tudo depende da interpretação que fazemos daquilo que nos acontece: traumas, frustrações, morte de entes queridos, de que maneira é feita a inserção nos grupos a que pertencemos: família, amigos, associações desportivas e recreativas… A mente humana é como um icebergue do qual só se conhece uma extremidade, como muito bem referiu o célebre médico e psicanalista alemão Sigmund Freud. As várias dimensões do indivíduo são notáveis: aquilo que ele conhece, assimila, aceita, ignora ou julga ignorar. Não é preciso ser um génio da Psicologia para perceber isso. É fácil de se compreender. Há muita injustiça por aí, muito mal, dores imensas a que acabamos por nos tornar insensíveis porque não se passa connosco, simplesmente não estamos lá para ver e quando vemos as imagens na televisão damos graças a Deus por não estar lá porque é uma realidade horrível, chocante e demasiado dolorosa sequer de se imaginar. Pessoas sem condições mínimas de saúde, com muita fome, violência enorme como paisagem de fundo, pessoas sem braços e pernas, a sofrerem só elas sabem quanto, à espera que os braços caridosos da morte as levem. Mas aqui, onde tanto se chama civilização, aprendemos de forma quase inata a não dar valor àquilo que temos ou dar demasiado àquilo que não importa: o exterior (aspecto físico, moda, marcas, dinheiro, materialismo puro) sem se perceber que a economia terá de corresponder à Humanidade. Senão se pensar nas pessoas, saber ou não Matemática de pouco serve. A mente humana é como uma flor que desabrocha sempre, mesmo no meio do deserto e é contemplada com tudo o que há de melhor à escolha: pétalas de consciência, de carne terrena e bem físico e um inconsciente para sonhar. É óbvio que não sabemos como dormimos, respiramos ou comemos ao nascer, assim como não sabemos porque é que depois de uma vida em que se aprenderá isso tudo, temos de abandonar esta Terra e morrer. Que controlo podemos fazer quando neste mundo impera a lei do mais forte, da confusão, da loucura ensurdecedora e da balbúrdia atroz em que se adora falar da vida privada das pessoas em praça pública? A fé não se vende milagrosamente, não é material, existe por si só, nem sequer é deste planeta. Manifesta-se nele: numa voz, num sinal, num olhar mas está sempre lá em cima, observando de um plano superior, misericordioso, o descalabro e glórias daqui debaixo. E então criam-se os milagres. Os valores do coração. A bondade, o amor, a paz, a tolerância, uma lista imensa... E quando nos tornamos plenamente conscientes de tudo isto relativizamos a beleza, a inteligência, as quantidades/qualidades do que produzimos porque entendemos que temos demasiado ego, orgulho e personalidade em conflito. Que tentamos tanto trabalhar-nos a nós próprios, definir períodos de vida, relações, padrões de comportamento que acabamos por esquecer que o essencial é invisível aos olhos. No fundo, não estamos no controlo de nada. Estamos nas mãos de alguém. Deus é a verdade.
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