O facto de respirar …
O facto de respirar…
O ato de respirar pod'nem ter poesia,
E o que realmente não tem, não pode,
Nem faz parte, é a vontade contida, vil
Assim como um suster de respiração,
De quem vive sem respirar noite'dia ,
Supondo sonhar por completo, de
Cada vez que respira por dever, seja
Por aval ou por decreto sabático do
Umbigo, não sente a essência que pariu
Do luar tão longe, o ar aqui tão cercano, discreto
Sem ser dia demarcado, feriado d ' arcanjo
Sem função, inté'pode ser domingo, santo
Meio d'tarde marcado a chuva mediana
E vento potro, folhas rasgadas dum outro
Livro macabro, o apocalipse segundo
O anticristo dos crentes, seguro facto
Benevolente segundo outro indigente
Messias, Mariano e antigo na solução
De mistérios, enigmas banais da vida
Onde a respiração tem ritmo próprio,
Age p’la renúncia a ela mesma, sofre
P’lo facto de respirar pra dentro, ironia
Da culpa não do destino, sem bilhete e
Tornar de volta semelhante a “acto-fim-
-De-peça” o “bis”(em que o diabo de quatro,
O actor, volta sempre à cena, assumindo
Quem representa, por vezes Fausto ou
Hospeda Job entre paredes falsas de quarto)
Eu queria ter nos olhos o vidrado fosco
Da demência mas vieram roubar-
Me a paz, as aves, aquela saudade benevolente,
Verdadeira, real que mais não verei,
Nem nunca inspirarei por vontade, vaidade
Análoga à própria ideia que faço, falsa verdade
De mim mesmo quando respiro ou bocejo,
Já que não dependo senão do que o destino
Me dita…
Joel Matos (17 de dezembro de 2021)
http: // joel-matos .blogspot.com
https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Login to post comments
- 6395 reads
Add comment
other contents of Joel
Topic | Title | Replies | Views | Last Post | Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/General | Deixai-vos descer à vala, | 1 | 3.369 | 06/21/2021 - 14:28 | Portuguese | |
Poesia/General | "Phallu" de Pompeii! | 1 | 3.809 | 06/21/2021 - 14:27 | Portuguese | |
Poesia/General | Humano-descendentes | 9 | 3.576 | 06/21/2021 - 14:27 | Portuguese | |
Poesia/General | Confesso-me consciente por dentro … | 1 | 3.827 | 06/18/2021 - 17:27 | Portuguese | |
Poesia/General | Versão Endovélica de mim próprio | 32 | 3.423 | 06/17/2021 - 14:54 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Deixemos descer à vala, o corpo que em vão nos deram | 15 | 2.938 | 02/09/2021 - 08:55 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | A desconstrução | 38 | 4.076 | 02/06/2021 - 21:18 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Na terra onde ninguém me cala | 1 | 4.277 | 02/06/2021 - 10:14 | Portuguese | |
Poesia/General | Esquema gráfico para não sobreviver à morte … | 5 | 3.726 | 02/05/2021 - 11:45 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Tiras-me as palavras da boca | 1 | 2.715 | 02/03/2021 - 18:31 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | A tenaz negação do eu, | 1 | 5.088 | 01/25/2021 - 21:40 | Portuguese | |
Poesia/General | Em pêlo e a galope... | 7 | 2.801 | 11/27/2020 - 17:11 | Portuguese | |
Poesia/General | Vencido | 3 | 3.281 | 11/25/2020 - 18:26 | Portuguese | |
Poesia/General | O Amor é uma nação em risco, | 1 | 4.865 | 05/02/2020 - 23:37 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Ninguém me distingue de quem sou eu ... | 1 | 3.745 | 04/20/2020 - 22:34 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | A um Deus pouco divino … | 1 | 2.621 | 04/19/2020 - 11:02 | Portuguese | |
Poesia/General | “Hic sunt dracones”, A dor é tudo … | 4 | 3.989 | 04/15/2020 - 15:25 | Portuguese | |
Poesia/General | A Morte não é Bem-Vinda ... | 2 | 12.009 | 04/15/2020 - 14:46 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | O avesso do espelho... | 5 | 3.732 | 03/01/2020 - 20:02 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | O Estado da Dúvida | 2 | 4.128 | 01/24/2020 - 20:05 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | As estrelas, os Estrôncios e os Sonhos. | 39 | 4.834 | 11/28/2019 - 11:37 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Dreaming Of A Better World | 122 | 6.620 | 11/10/2019 - 18:37 | Portuguese | |
Poesia/General | Escrevo o que ninguém escuta ... | 108 | 12.644 | 10/22/2019 - 14:40 | Portuguese | |
Poesia/General | Supondo-me desperto | 85 | 9.421 | 10/22/2019 - 14:39 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | Venho de uma pequena ciência, | 148 | 8.711 | 10/22/2019 - 14:38 | Portuguese |
Comments
O facto de respirar… O ato de
O facto de respirar…
O ato de respirar pod'nem ter poesia,
E o que realmente não tem, não pode,
Nem faz parte, é a vontade contida, vil
Assim como um suster de respiração,
De quem vive sem respirar noite'dia ,
Supondo sonhar por completo, de
Cada vez que respira por dever, seja
Por aval ou por decreto sabático do
Umbigo, não sente a essência que pariu
Do luar tão longe, o ar aqui tão cercano, discreto
Sem ser dia demarcado, feriado d ' arcanjo
Sem função, inté'pode ser domingo, santo
Meio d'tarde marcado a chuva mediana
E vento potro, folhas rasgadas dum outro
Livro macabro, o apocalipse segundo
O anticristo dos crentes, seguro facto
Benevolente segundo outro indigente
Messias, Mariano e antigo na solução
De mistérios, enigmas banais da vida
Onde a respiração tem ritmo próprio,
Age p’la renúncia a ela mesma, sofre
P’lo facto de respirar pra dentro, ironia
Da culpa não do destino, sem bilhete e
Tornar de volta semelhante a “acto-fim-
-De-peça” o “bis”(em que o diabo de quatro,
O actor, volta sempre à cena, assumindo
Quem representa, por vezes Fausto ou
Hospeda Job entre paredes falsas de quarto)
Eu queria ter nos olhos o vidrado fosco
Da demência mas vieram roubar-
Me a paz, as aves, aquela saudade benevolente,
Verdadeira, real que mais não verei,
Nem nunca inspirarei por vontade, vaidade
Análoga à própria ideia que faço, falsa verdade
De mim mesmo quando respiro ou bocejo,
Já que não dependo senão do que o destino
Me dita…
Joel Matos (17 de dezembro de 2021)
http: // joel-matos .blogspot.com
https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
O facto de respirar… O ato de
O facto de respirar…
O ato de respirar pod'nem ter poesia,
E o que realmente não tem, não pode,
Nem faz parte, é a vontade contida, vil
Assim como um suster de respiração,
De quem vive sem respirar noite'dia ,
Supondo sonhar por completo, de
Cada vez que respira por dever, seja
Por aval ou por decreto sabático do
Umbigo, não sente a essência que pariu
Do luar tão longe, o ar aqui tão cercano, discreto
Sem ser dia demarcado, feriado d ' arcanjo
Sem função, inté'pode ser domingo, santo
Meio d'tarde marcado a chuva mediana
E vento potro, folhas rasgadas dum outro
Livro macabro, o apocalipse segundo
O anticristo dos crentes, seguro facto
Benevolente segundo outro indigente
Messias, Mariano e antigo na solução
De mistérios, enigmas banais da vida
Onde a respiração tem ritmo próprio,
Age p’la renúncia a ela mesma, sofre
P’lo facto de respirar pra dentro, ironia
Da culpa não do destino, sem bilhete e
Tornar de volta semelhante a “acto-fim-
-De-peça” o “bis”(em que o diabo de quatro,
O actor, volta sempre à cena, assumindo
Quem representa, por vezes Fausto ou
Hospeda Job entre paredes falsas de quarto)
Eu queria ter nos olhos o vidrado fosco
Da demência mas vieram roubar-
Me a paz, as aves, aquela saudade benevolente,
Verdadeira, real que mais não verei,
Nem nunca inspirarei por vontade, vaidade
Análoga à própria ideia que faço, falsa verdade
De mim mesmo quando respiro ou bocejo,
Já que não dependo senão do que o destino
Me dita…
Joel Matos (17 de dezembro de 2021)
http: // joel-matos .blogspot.com
https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
O facto de respirar… O ato de
O facto de respirar…
O ato de respirar pod'nem ter poesia,
E o que realmente não tem, não pode,
Nem faz parte, é a vontade contida, vil
Assim como um suster de respiração,
De quem vive sem respirar noite'dia ,
Supondo sonhar por completo, de
Cada vez que respira por dever, seja
Por aval ou por decreto sabático do
Umbigo, não sente a essência que pariu
Do luar tão longe, o ar aqui tão cercano, discreto
Sem ser dia demarcado, feriado d ' arcanjo
Sem função, inté'pode ser domingo, santo
Meio d'tarde marcado a chuva mediana
E vento potro, folhas rasgadas dum outro
Livro macabro, o apocalipse segundo
O anticristo dos crentes, seguro facto
Benevolente segundo outro indigente
Messias, Mariano e antigo na solução
De mistérios, enigmas banais da vida
Onde a respiração tem ritmo próprio,
Age p’la renúncia a ela mesma, sofre
P’lo facto de respirar pra dentro, ironia
Da culpa não do destino, sem bilhete e
Tornar de volta semelhante a “acto-fim-
-De-peça” o “bis”(em que o diabo de quatro,
O actor, volta sempre à cena, assumindo
Quem representa, por vezes Fausto ou
Hospeda Job entre paredes falsas de quarto)
Eu queria ter nos olhos o vidrado fosco
Da demência mas vieram roubar-
Me a paz, as aves, aquela saudade benevolente,
Verdadeira, real que mais não verei,
Nem nunca inspirarei por vontade, vaidade
Análoga à própria ideia que faço, falsa verdade
De mim mesmo quando respiro ou bocejo,
Já que não dependo senão do que o destino
Me dita…
Joel Matos (17 de dezembro de 2021)
http: // joel-matos .blogspot.com
https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com