Interruptor do Sol
Dama dada ao sacrifício
Devorada vagina adentro
Pela eterizada apotheose do cume
Esboço lento da luz
Apelo com selos em celas de cansaço
Nas chibatadas sob lençóis de coxas sedas macias
Sexo quente forte dor apraz triste
Jocasta amante da farsa
Do engano do amor errado
Blues da infâmia pedinte da noite
Rodar, rodar até fugir de ti
Pra que no fim... Cair na desgraça de braços infelizes teus
Só os que temem as trevas têm a capacidade de amar-te
Luz na verga hipodérmica voraz estanque
De raios ultramantes toga da Terra
Põem medos nostálgicos carcomidos junto à face
À deriva boiando liso na cama lisa suor do quente
Da tarde baleada combalida que se esvai
Nos buracos rasos das nuvens que de cor se mudam
Ai!
Encaixe de tombos tardos dedo crespo
Jogue abaixo o todo de todo brilho do sono
Areia isolada
Esperança que não aparece
Face que não existe
Céus que o mais das vezes dizem adeus
Aos seus
Aos meus
Deslavados lenços perdidos nas cores da pele
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Olá, minha querida, amiga, Alcantra,
Olá, minha querida, amiga, Alcantra,
é um prazer imenso descobrir tua poesia, tão real e concreta, como olhos líquidos em esquinas cruas, na antecipação do gozo, pela simples observação da presa, que vai pelos descaminhos, inconsciente da ereção, da masturbação, que lhe rouba toda a graça e vida, ficando apenas o gorgolejar da saliva, na falta do oxigénio...
Um poema erótico, escrito sem falsos pudores, num desarranjo de lençóis, pelo desalinho de uma entrega, muito além do sexo, aquém dos amantes, quiça falho do amor, que se buscou a todo o instante, cuspindo longe todo e qualquer estigma social.
Gostaria ainda de te agradecer, por teres aceite meu convite para sermos amigos, onde já te encontras, com tua fotinha na minha Galeria, e também por teres visitado meu cantinho de poesias.
Beijinhos mil.
Jorge Humberto