A DANÇA DAS NOSSAS MÃOS …

É amar-te o néctar do meu viver,
o festim que recheia o meu acontecer,

és a dinâmica da minha consistência na utopia.

É a paixão
o sangue das palavras

que o meu corpo escreve e canta
pelos doces recantos e encantos do teu corpo,

é a pele do fogo
que nos movimenta as línguas,

é um vento que a minha alma inventa
para povoar a tua alma

e morar dentro de ti.

É a paixão as ondas de um mar
que nos inunda de sudações a dois,

é um sopro que nos varre até ao infinito,
um louco suspiro boca a boca de imortalidade.

É o amor a semente
que os teus olhos semeiam no meu olhar,

uma fogueira no tempo
que os teus lábios incendeiam no meu pensar.

É amar a dança das nossas mãos,

a coreografia do nosso desnorte corpo a corpo,
é a luz onde somos diluídas sombras na eternidade.

É o amor
a nossa estrada.