Rua dos sentidos orfãos

Sendo eu mudo não penso contar sequer
O que penso, os meus secretos medos
Revelar o que imagino ser dum cavalo
O trovão ou da consistência das nuvens

Que vêm se desfazer contra o monte
Aponto a pouca voz que me resta nunca
A qualquer transeunte que passa
pois penso ser artificial o som que sai

P’las camadas que me revisto de lucidez
Pouca, impermanente… e desespero
Por ser ouvido pelo que mora ao lado
Livre como um cavalo solto ao vento

Inconsciente que aqui estou eu presente
Dando tudo o que imagino ser meu pensar,
Todos os sons que faço embora sem
A flauta transversal de místico

Que tanta falta me faz neste ofício
Infecundo de surdo-mudo na rua
Dos sentidos-órfãos, nós todos, pedintes
E pão…

Joel Matos (01/2016)
http://joel-matos.blogspot.com

Submited by

Friday, March 2, 2018 - 17:19

Ministério da Poesia :

Your rating: None Average: 5 (1 vote)

Joel

Joel's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 1 week 4 days ago
Joined: 12/20/2009
Posts:
Points: 42284

Comments

Joel's picture

.

.

Joel's picture

Aponto a pouca voz que me

Aponto a pouca voz que me resta nunca
A qualquer transeunte que passa
pois penso ser artificial o som que sai

P’las camadas que me revisto de lucidez
Pouca, impermanente… e desespero

Joel's picture

Aponto a pouca voz que me

Aponto a pouca voz que me resta nunca
A qualquer transeunte que passa
pois penso ser artificial o som que sai

P’las camadas que me revisto de lucidez
Pouca, impermanente… e desespero

Joel's picture

Aponto a pouca voz que me

Aponto a pouca voz que me resta nunca
A qualquer transeunte que passa
pois penso ser artificial o som que sai

P’las camadas que me revisto de lucidez
Pouca, impermanente… e desespero

Joel's picture

Aponto a pouca voz que me

Aponto a pouca voz que me resta nunca
A qualquer transeunte que passa
pois penso ser artificial o som que sai

P’las camadas que me revisto de lucidez
Pouca, impermanente… e desespero

Joel's picture

Aponto a pouca voz que me

Aponto a pouca voz que me resta nunca
A qualquer transeunte que passa
pois penso ser artificial o som que sai

P’las camadas que me revisto de lucidez
Pouca, impermanente… e desespero

Joel's picture

Aponto a pouca voz que me

Aponto a pouca voz que me resta nunca
A qualquer transeunte que passa
pois penso ser artificial o som que sai

P’las camadas que me revisto de lucidez
Pouca, impermanente… e desespero

Joel's picture

Aponto a pouca voz que me

Aponto a pouca voz que me resta nunca
A qualquer transeunte que passa
pois penso ser artificial o som que sai

P’las camadas que me revisto de lucidez
Pouca, impermanente… e desespero

Joel's picture

Aponto a pouca voz que me

Aponto a pouca voz que me resta nunca
A qualquer transeunte que passa
pois penso ser artificial o som que sai

P’las camadas que me revisto de lucidez
Pouca, impermanente… e desespero

Joel's picture

Aponto a pouca voz que me

Aponto a pouca voz que me resta nunca
A qualquer transeunte que passa
pois penso ser artificial o som que sai

P’las camadas que me revisto de lucidez
Pouca, impermanente… e desespero

Add comment

Login to post comments

other contents of Joel

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Ministério da Poesia/General Notas de um velho nojento 29 4.690 04/01/2025 - 10:16 Portuguese
Ministério da Poesia/General Ricardo Reis 37 2.650 04/01/2025 - 10:04 Portuguese
Ministério da Poesia/General Insha’Allah 44 2.927 04/01/2025 - 10:03 Portuguese
Ministério da Poesia/General São como nossas as lágrimas 10 2.203 04/01/2025 - 10:02 Portuguese
Ministério da Poesia/General Recordo a papel de seda 19 430 04/01/2025 - 10:00 Portuguese
Ministério da Poesia/General Duvido do que sei, 10 707 04/01/2025 - 09:58 Portuguese
Poesia/General Entreguei-me a quem eu era 10 735 04/01/2025 - 09:56 Portuguese
Poesia/General Cedo serei eu 10 803 04/01/2025 - 09:55 Portuguese
Poesia/General Não existo senão por’gora … 10 1.199 04/01/2025 - 09:54 Portuguese
Ministério da Poesia/General Cada passo que dou 15 2.918 03/28/2025 - 22:11 Portuguese
Ministério da Poesia/General Quem sou … 16 3.866 03/28/2025 - 22:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General A essência do uso é o abuso, 14 5.063 03/28/2025 - 22:08 Portuguese
Ministério da Poesia/General Percas, Carpas … 12 722 02/12/2025 - 10:38 Portuguese
Ministério da Poesia/General Tomara poder tocar-lhes, 12 990 02/11/2025 - 18:58 Portuguese
Ministério da Poesia/General Pois que vida não tem alma 20 510 02/11/2025 - 18:37 Portuguese
Poesia/General Pra lá do crepúsculo 30 4.555 03/06/2024 - 12:12 Portuguese
Poesia/General Por onde passo não há s’trada. 30 5.517 02/18/2024 - 21:21 Portuguese
Poesia/General Sonhei-me sonhando, 17 6.057 02/12/2024 - 17:06 Portuguese
Ministério da Poesia/General A alegria que eu tinha 23 6.796 12/11/2023 - 21:29 Portuguese
Ministério da Poesia/General (Creio apenas no que sinto) 17 3.134 12/02/2023 - 11:12 Portuguese
Ministério da Poesia/General Vamos falar de mapas 15 9.109 11/30/2023 - 12:20 Portuguese
Poesia/General Entrego-me a quem eu era, 28 4.008 11/28/2023 - 11:47 Portuguese
Ministério da Poesia/General O Homem é um animal “púbico” 11 6.431 11/26/2023 - 19:59 Portuguese
Ministério da Poesia/General No meu espírito chove sempre, 12 2.908 11/24/2023 - 13:42 Portuguese
Ministério da Poesia/General Os destinos mil de mim mesmo. 21 7.861 11/24/2023 - 13:42 Portuguese