Maldade

Maldade,

E o quanto me basta essa,
Que ao preservá-la, sinto-a
Verdadeiramente minha,

Fracamente mau, eu que
Habito num pretenso, falso
Ermita s/instituição herança,

E o quanto isso me basta
Pra descrever sen’detalhes
Dest’outra tensa viagem,

Ao longo de mim mesmo,
Da minha vaidade viária,
Na verdade uma criatura

Maldosa que por s’colha
Sou, mau quanto escura
É maldade na Naja preta,

O ferrão da fulva Vespa
Asiática com tod’a fúria
Que o instinto possa ter,

È quanto me basta, essa
Gula a magnânimo canalha
Magnífico e inclemente,

Não por “dá cá aquela
Palha” nem sequer por
Um qualquer delírio de

Grandeza, polui espíritos
Quer a anjos ou demónios
Mas a maldade suprema

Real com vulto e relevo
Eternos, em cabelo, sem
Requintes falsos, sou eu

Esse, esse é o meu mal,
A minha distinção, o “Graal”
Santo, a excelência Maior

Em todo o horrível esplendor
De crueldade que de mim
Advém e em mim tenho.

Joel Matos ( Novembro 2022)

http://joel-matos.blogspot.com

https://namastibet.wordpress.com

http://namastibetpoems.blogspot.com

Submited by

Sunday, November 20, 2022 - 20:54

Ministério da Poesia :

No votes yet

Joel

Joel's picture
Offline
Title: Membro
Last seen: 2 days 22 hours ago
Joined: 12/20/2009
Posts:
Points: 42009

Comments

Joel's picture

obrigado

obrigado

Joel's picture

obrigado

obrigado

Joel's picture

obrigado

obrigado

Joel's picture

obrigado

obrigado

Joel's picture

obrigado

obrigado

Joel's picture

obrigado

obrigado

Joel's picture

obrigado

obrigado

Joel's picture

obrigado

obrigado

Joel's picture

obrigado

obrigado

Joel's picture

obrigado

obrigado

Add comment

Login to post comments

other contents of Joel

Topic Title Replies Views Last Postsort icon Language
Ministério da Poesia/General Vivo do oficio das paixões 1 1.828 06/21/2021 - 15:44 Portuguese
Ministério da Poesia/General Patchwork... 2 2.002 06/21/2021 - 15:44 Portuguese
Poesia/General A síndrome de Savanah 1 2.511 06/21/2021 - 15:43 Portuguese
Poesia/General A sucessão dos dias e a sede de voyeur ... 1 2.159 06/21/2021 - 15:42 Portuguese
Poesia/General Daniel Faria, excerto “Do que era certo” 1 1.589 06/21/2021 - 15:41 Portuguese
Poesia/General Objectos próximos, 1 2.595 06/21/2021 - 15:40 Portuguese
Poesia/General Na minha terra não há terra, 1 1.664 06/21/2021 - 15:38 Portuguese
Poesia/General Esquecer é ser esquecido 1 1.617 06/21/2021 - 15:37 Portuguese
Poesia/General Perdida a humanidade em mim 1 970 06/21/2021 - 15:37 Portuguese
Poesia/General Cumpro com rigor a derrota 1 975 06/21/2021 - 15:36 Portuguese
Poesia/General Não passo de um sonho vago, alheio 2 1.049 06/21/2021 - 15:36 Portuguese
Ministério da Poesia/General A sismologia nos símios 1 1.075 06/21/2021 - 15:35 Portuguese
Ministério da Poesia/General Epistemologia dos Sismos 1 1.458 06/21/2021 - 15:34 Portuguese
Ministério da Poesia/General Me perco em querer 1 1.410 06/21/2021 - 15:33 Portuguese
Ministério da Poesia/General Por um ténue, pálido fio de tule 1 1.295 06/21/2021 - 15:33 Portuguese
Ministério da Poesia/General Prefiro rosas púrpuras ... 1 885 06/21/2021 - 15:33 Portuguese
Ministério da Poesia/General A simbologia dos cimos 1 1.269 06/21/2021 - 15:32 Portuguese
Ministério da Poesia/General Pangeia e a deriva continental 1 2.355 06/21/2021 - 15:32 Portuguese
Poesia/General Minh’alma é uma floresta 1 832 06/21/2021 - 15:31 Portuguese
Poesia/General O lugar que não se vê ... 1 965 06/21/2021 - 15:31 Portuguese
Poesia/General Meus sonhos são “de acordo” ao sonhado, 1 1.117 06/21/2021 - 15:31 Portuguese
Poesia/General Apologia das coisas bizarras 1 977 06/21/2021 - 15:30 Portuguese
Poesia/General Gostar de estar vivo, dói! 1 703 06/21/2021 - 15:30 Portuguese
Ministério da Poesia/General Os Dias Nossos do Isolamento 1 1.394 06/21/2021 - 15:28 Portuguese
Ministério da Poesia/General Permaneço mudo 1 1.198 06/21/2021 - 15:28 Portuguese