Um instante infinito
Acredito na existência como sendo uma espécie de desfiar de um fio eterno,
sem início e sem fim, no qual se intercalam ciclos de diferentes formas de viver.
Esse fio evolutivo nem sempre é constante e sequer linear,
pois, acredito que, dependendo de nossos atos, "avançamos" ou "regredimos" neste fio,
tornando-o, por vezes, tortuoso, inconclusivo e inexato.
Nesta linha da existência somos fiapos que, unidos, damos sentido e consistência à ela;
cada fiapo é único, pessoal e intransferível e, ao mesmo tempo, se entrelaça e converge
de forma indissolúvel a todos os outros fiapos existentes
nas formas quânticas da teia do Universo;
e o tempo, no qual esta linha se desenrola, é algo muito relativo.
Somos apenas fiapos nessa linha de existência...
As pessoas felizes lembram do passado com gratidão,
alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo.
Mas, na prática, no tempo não podem existir nem passado, nem futuro.
Nele, existe apenas o presente infinitamente instantâneo;
o seu presente; o nosso presente.
Um instante infinito...
O tempo é algo igualmente real e virtual.
Na prática, o tempo é algo apenas imaginário, uma invenção sociocultural,
e é contado por nós para que tenhamos uma falsa e ilusória sensação
de que podemos controlá-lo: o futuro é algo que ainda não existe,
é apenas uma extensão paródica ou metafórica do presente;
o presente é algo que não tem extensão física;
o passado é algo que já não existe mais e não pode ser alterado.
O presente, o atual momento, o agora pode ser encolhido,
retalhado e espremido a uma partícula mínima,
infinitesimal de tempo e ainda assim será a coisa mais preciosa que podemos ter.
Acredito que o Universo, o espaço, a realidade
existem apoiados sobre um instante infinito que simplesmente "existe",
sem ter surgido num determinado momento, nem ter hora para acabar.
O tempo é algo tão selvagem, natural e poderoso que a tudo, a tudo consome!
O tempo existe e corre (ou não) independentemente de qualquer outra coisa.
Não nasceu, tampouco morrerá.
É o palco abstrato no qual tudo nasce, cresce e morre... ou se transforma.
Podemos alterar apenas o nosso espaço, nosso habitat, nossa física e nossa trajetória
neste palco da História; mas nunca, jamais, podemos, nem poderemos alterar o tempo
através do qual essa nossa história se desenrola.
Somos todos visitantes neste tempo e neste espaço.
E me sinto com sorte ao dividí-los com você.
Alguns de nossos objetivos são observar, aprender, crescer, amar...
e depois nos dissolvemos e voltamos para casa...
E, se você pudesse reviver a sua vida infinitas vezes até este exato ponto,
exatamente da forma como a viveu até agora, repetindo cada momento infinitas vezes?
Isso seria o maior dos presentes ou a maior maldição para você?
Como você vem vivendo o seu "instante infinito" até agora?
sem início e sem fim, no qual se intercalam ciclos de diferentes formas de viver.
Esse fio evolutivo nem sempre é constante e sequer linear,
pois, acredito que, dependendo de nossos atos, "avançamos" ou "regredimos" neste fio,
tornando-o, por vezes, tortuoso, inconclusivo e inexato.
Nesta linha da existência somos fiapos que, unidos, damos sentido e consistência à ela;
cada fiapo é único, pessoal e intransferível e, ao mesmo tempo, se entrelaça e converge
de forma indissolúvel a todos os outros fiapos existentes
nas formas quânticas da teia do Universo;
e o tempo, no qual esta linha se desenrola, é algo muito relativo.
Somos apenas fiapos nessa linha de existência...
As pessoas felizes lembram do passado com gratidão,
alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo.
Mas, na prática, no tempo não podem existir nem passado, nem futuro.
Nele, existe apenas o presente infinitamente instantâneo;
o seu presente; o nosso presente.
Um instante infinito...
O tempo é algo igualmente real e virtual.
Na prática, o tempo é algo apenas imaginário, uma invenção sociocultural,
e é contado por nós para que tenhamos uma falsa e ilusória sensação
de que podemos controlá-lo: o futuro é algo que ainda não existe,
é apenas uma extensão paródica ou metafórica do presente;
o presente é algo que não tem extensão física;
o passado é algo que já não existe mais e não pode ser alterado.
O presente, o atual momento, o agora pode ser encolhido,
retalhado e espremido a uma partícula mínima,
infinitesimal de tempo e ainda assim será a coisa mais preciosa que podemos ter.
Acredito que o Universo, o espaço, a realidade
existem apoiados sobre um instante infinito que simplesmente "existe",
sem ter surgido num determinado momento, nem ter hora para acabar.
O tempo é algo tão selvagem, natural e poderoso que a tudo, a tudo consome!
O tempo existe e corre (ou não) independentemente de qualquer outra coisa.
Não nasceu, tampouco morrerá.
É o palco abstrato no qual tudo nasce, cresce e morre... ou se transforma.
Podemos alterar apenas o nosso espaço, nosso habitat, nossa física e nossa trajetória
neste palco da História; mas nunca, jamais, podemos, nem poderemos alterar o tempo
através do qual essa nossa história se desenrola.
Somos todos visitantes neste tempo e neste espaço.
E me sinto com sorte ao dividí-los com você.
Alguns de nossos objetivos são observar, aprender, crescer, amar...
e depois nos dissolvemos e voltamos para casa...
E, se você pudesse reviver a sua vida infinitas vezes até este exato ponto,
exatamente da forma como a viveu até agora, repetindo cada momento infinitas vezes?
Isso seria o maior dos presentes ou a maior maldição para você?
Como você vem vivendo o seu "instante infinito" até agora?
Submited by
Viernes, Noviembre 17, 2017 - 14:58
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 2372 reads
Add comment
Inicie sesión para enviar comentarios
other contents of MaynardoAlves
Tema | Título | Respuestas | Lecturas |
Último envío![]() |
Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Canción | Mil torrentes III (A liberdade de escolha) | 1 | 947 | 09/29/2016 - 15:35 | Portuguese | |
Poesia/Canción | Mil torrentes II (A memória das naus) | 3 | 1.020 | 09/29/2016 - 15:31 | Portuguese | |
Poesia/Canción | Mil torrentes (A fúria das marés) | 3 | 1.331 | 09/29/2016 - 15:28 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Arte | 3 | 803 | 09/29/2016 - 15:23 | Portuguese | |
Poesia/Canción | Música | 4 | 590 | 09/29/2016 - 15:19 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Resposta! | 4 | 791 | 09/29/2016 - 15:17 | Portuguese | |
Poesia/Canción | Dúvida... | 3 | 726 | 09/29/2016 - 15:14 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Pergunta? | 3 | 713 | 09/29/2016 - 15:11 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Como poderia eu evitar? | 5 | 1.175 | 09/29/2016 - 15:09 | Portuguese | |
Poesia/Amor | A mulher que eu amo | 1 | 874 | 09/29/2016 - 15:06 | Portuguese | |
Poesia/Fantasía | A Maria | 1 | 1.058 | 09/29/2016 - 15:04 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Esta rua | 1 | 1.191 | 09/29/2016 - 14:59 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Corpo de devaneios | 1 | 949 | 09/29/2016 - 14:55 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Quero-não-quero | 1 | 739 | 09/29/2016 - 14:52 | Portuguese | |
Poesia/Tristeza | O espelho | 1 | 516 | 09/29/2016 - 14:49 | Portuguese | |
Poesia/Erótico | Desejo... | 3 | 572 | 09/29/2016 - 14:47 | Portuguese | |
Poesia/Tristeza | Do(lo)res | 1 | 985 | 09/29/2016 - 14:45 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Nossos valores | 3 | 655 | 09/29/2016 - 14:43 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Use-se! | 1 | 942 | 09/29/2016 - 14:41 | Portuguese | |
Poesia/Amor | A barata | 1 | 793 | 09/29/2016 - 14:37 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Ser (ou não ser) | 1 | 796 | 09/29/2016 - 14:34 | Portuguese | |
Poesia/Amor | Um milhão de vezes | 3 | 720 | 09/29/2016 - 14:30 | Portuguese | |
Poesia/Dedicada | Filho meu | 3 | 639 | 09/29/2016 - 14:28 | Portuguese | |
Poesia/Pensamientos | Vida ida | 3 | 557 | 09/29/2016 - 14:25 | Portuguese | |
Poesia/Desilusión | Quanto tempo... | 1 | 808 | 09/29/2016 - 14:23 | Portuguese |
Comentarios
Um instante infinito
Trata-se de reflexão sobre a efemeridade de nossa existência e a importância do ínfimo tempo que temos disponível para usufruir dela.