CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
A simbologia dos cimos
O principio e todos os lugares, a gnose dos dedos
São os meus dez medos cerrados como rochedos
Abertos os da mão grossa com a outra, a leve, ingrato
O gesto colado à boca, assumo o que digo, gesticulo
Outra conversa, pois é comigo que me estou sentando,
Ou estava, correcção dos meus falsos ecos, dizendo
Do que fui antes, era quotidiano, sem espaço quanto
Tudo o que faço, a diferença entre mim e eles, dedos
Falantes sim, pois só os leves e o livre voa sem peso,
Sou ambos, neste caso o voo plano dos sem jeito, leões
Com os pés dobrados num cepo tosco de faz de conta,
Pau de madeira, pobre e seco, actor, cão pisteiro,
Figuras que eu próprio crio sem êxito, irreais quanto
Eu mesmo e na mesma proporção dos cimos través
Dos quais me acrescento por aproximação ou defeito,
Pasmo perante a estranheza com que desejo o manto,
O abstrato, ainda que com consentimento, mais que por
Volúpia em excesso, digo de mim para mim até me
Convencer do oposto, que é não estar em meu poder
Alterar o ruim e o grosso, o fraco em falangista canalha.
Clandestino, é como me afiguro perante o universo,
E nem a fantasia me desliga, do vulgar substantivo
E da arte decorativa, evocada por cegos da cabeça
Aos pés, sincero malabarista, dez dedos mal situados
De cada lado do corpo, equidistantes uns dos outros,
Equilibrando todos os locais, o mundo que conheço,
Corrosivo, gástrico, florescente em ácido abdicante,
Mas meu princípio e fim, assim a Terra e esta gente.
Princípio meio e fim …
Joel Matos ( 31 Dezembro 2020)
http://joel-matos.blogspot.com
https://namastibet.wordpress.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 2419 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Geral | Vivo do oficio das paixões | 1 | 3.211 | 06/21/2021 - 14:44 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Patchwork... | 2 | 3.869 | 06/21/2021 - 14:44 | Português | |
Poesia/Geral | A síndrome de Savanah | 1 | 4.626 | 06/21/2021 - 14:43 | Português | |
Poesia/Geral | A sucessão dos dias e a sede de voyeur ... | 1 | 5.832 | 06/21/2021 - 14:42 | Português | |
Poesia/Geral | Daniel Faria, excerto “Do que era certo” | 1 | 4.516 | 06/21/2021 - 14:41 | Português | |
Poesia/Geral | Objectos próximos, | 1 | 4.104 | 06/21/2021 - 14:40 | Português | |
Poesia/Geral | Na minha terra não há terra, | 1 | 3.427 | 06/21/2021 - 14:38 | Português | |
Poesia/Geral | Esquecer é ser esquecido | 1 | 2.927 | 06/21/2021 - 14:37 | Português | |
Poesia/Geral | Perdida a humanidade em mim | 1 | 3.326 | 06/21/2021 - 14:37 | Português | |
Poesia/Geral | Cumpro com rigor a derrota | 1 | 3.126 | 06/21/2021 - 14:36 | Português | |
Poesia/Geral | Não passo de um sonho vago, alheio | 2 | 3.813 | 06/21/2021 - 14:36 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | A sismologia nos símios | 1 | 4.375 | 06/21/2021 - 14:35 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Epistemologia dos Sismos | 1 | 3.649 | 06/21/2021 - 14:34 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Me perco em querer | 1 | 2.625 | 06/21/2021 - 14:33 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Por um ténue, pálido fio de tule | 1 | 3.979 | 06/21/2021 - 14:33 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Prefiro rosas púrpuras ... | 1 | 2.088 | 06/21/2021 - 14:33 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | A simbologia dos cimos | 1 | 2.419 | 06/21/2021 - 14:32 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Pangeia e a deriva continental | 1 | 4.793 | 06/21/2021 - 14:32 | Português | |
Poesia/Geral | Minh’alma é uma floresta | 1 | 1.545 | 06/21/2021 - 14:31 | Português | |
Poesia/Geral | O lugar que não se vê ... | 1 | 2.438 | 06/21/2021 - 14:31 | Português | |
Poesia/Geral | Meus sonhos são “de acordo” ao sonhado, | 1 | 3.371 | 06/21/2021 - 14:31 | Português | |
Poesia/Geral | Apologia das coisas bizarras | 1 | 1.955 | 06/21/2021 - 14:30 | Português | |
Poesia/Geral | Gostar de estar vivo, dói! | 1 | 1.722 | 06/21/2021 - 14:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Os Dias Nossos do Isolamento | 1 | 3.057 | 06/21/2021 - 14:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Permaneço mudo | 1 | 2.138 | 06/21/2021 - 14:28 | Português |
Comentários
obrigado pela leitura
obrigado pela leitura e pela partilha