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Ave César!
Eras simples até o dia em que cheguei
Incapaz de respirar
As náuseas brandas amortecidas
Das lástimas incongruentes
Nada de vida quando espinhos nascem
Nada de morte quando temos ao nosso lado o sofrimento
Luzes que movimentam letreiros
Focos que persuadem
Um fim é certo
Com beirais escondidos
E cercas que machucam genitálias
Derrotas dos colossais
Santos apodrecidos
Cantamos as cigarras nos verões abarrotados
Cantamos com solavancos os mistérios impossíveis
Dá de entupir todos os vasos com amoras pequeninas
Dá de assoprar nas páginas e obter todas as musas do mundo.
Só resta uma despedida untada ao belo estorninho
Em lagos horizontais com cotovelos confusos.
Terás todas as fibras amarradas em carne
Todos os nervos a enfeitiçar damas e rapazes
Com amantes eternos do vinho escorrido nos lábios
A amalgamar cidras nas belas roças
Bludéias coadas orvalhadas em manhãs à toa
Em pianos das horas cavalgadas
Cavalices do outro lado
Daquela porta batida
Onde todas as formas de trancas
Firmam o que se esquiva
Em louvores
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Poesia :
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