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De vez tez cromo que espeta

Costas dorsos sangrentos sabor do medo
Quando caminhamos
E no passar de passos todas as pedras vão se atirando caindo,
Esquecido olhar dos ombros
Cemitérios macabros
Lápides sanfona do macio que enverga veias que se acabam

Cruzamento de estradas com rugas
Com cruzes mortas.
Foi-se o caminho da fé
Tal qual fala pedinte do mundo agudo sofrido amiúdo

Anêmonas e tudo o mais
Lagartos planetas de couro verde
Pele da vaidade
Barba do mal que pensa respira saberes dos mais profundos
Afundados no naufrágio de si.

Um olhar vindo das labaredas da glória,
Sofá em chamas cútis em brasa sarcástica

Esqueceram o rosto da véspera
Pombos morrediços

Susto do rosto fúnebre à porta em lenha,
Rabiscos faíscas à bota que caminhava

Oh! Dionísio frio feito de dança com solidão
Dá-nos céus para beber
Dá-nos tempos para gozar o amor
Inexplicáveis ciúmes humanos profetas amassados.

Reza-nos nosso amém
Lá que lá vamos
Aqui que cá estamos

Oh! Velha! Último pingo de fonte a secar-se
Torna-nos proteção do frio
Nós os esquecidos da noite

Escapolem
Todos os anjos de asas negras das jaulas humanas

A natureza grita quando a Terra diz:
Vamos dançar rosicleres que duram universo.

A tarde comenta com a noite sobre o vermelho que não é cor

Face quente da mão que envolve
Livra-nos da alma que pertencemos

Lá vamos,
Movidos ao descuido
Uma estrela quase caiu
Aos sem vistas
Recomendamos os afogados da última tempestade de verão.

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segunda-feira, novembro 5, 2012 - 14:01

Poesia :

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Alcantra

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