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Concordata - A máscara

II

A máscara

 

Se usamos a mesma máscara e nos aceitamos assim, quando, por qualquer razão, a tivermos que tirar, seremos completos estranhos e como dois desconhecidos, não toleraremos esta diferença.

Porque alguém tinha de o fazer.
Alguém
       tinha de escrever
                      deixas nas paredes
Desenhar no chão
                  direcções
                  para as nossas vidas.
Eu fi-lo pelos dois
                     e não sabia
Tu concordaste
                  e não devias.
Usámos
                   a mesma
                                        máscara
Sem resistência
                       aceitámos a farsa.
                  Por fim
                  no cansaço dos dias
Com o peso das rotinas
                            a máscara caiu.  
Agora
   como dois desconhecidos
Não sabemos conviver
                       com essa
                                       diferença.
Revelamos quem somos
                   e estranhamos
                   quem amámos
                                          durante
                                  tanto tempo.

 

 

 

Nuno Marques

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domingo, fevereiro 26, 2012 - 14:48

Poesia :

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nunomarques

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Comentários

imagem de Teresa Almeida

Este poema é de uma enorme

Este poema é de uma enorme criatividade na sua singeleza.

Um poema sem máscara, um convite à autenticidade!

Gosto mesmo.

Xi heart

imagem de MariaButterfly

Tirei a máscara e afinal tu

Tirei a máscara e afinal tu também tinhas uma.

Nunca ninguém se conhece verdadeiramente, dizem...

E quando conhecem,
                            Desconhecem-se

Gostei muito, gosto muito de te ler.

Beijo
 

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