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Temporal
Este sou eu, este é o filme da minha vida, sem pausas. É ir à cozinha fazer pipocas e ao voltar, o personagem principal que era criança, já tinha crescido. Esta é a minha vida. A sensação de a ter vivido e não me lembrar. Não dei conta do tempo que passou, desde o tempo em que não pensava que o tempo passava por mim. Desde o tempo em que era criança e não pensava no tempo, porque nesse tempo, passava o tempo todo a ser criança. Hoje, passo o tempo todo a ser eu no passado, no presente e no futuro, tudo ao mesmo tempo, e isto é querer subir e descer um escadote sem degraus. É como ter um ambiente de trabalho dentro do computador da mente, e nele, três janelas temporais abertas ao mesmo tempo, e ir saltando rapidamente entre elas em pensamento, mas o pouco de tempo que demoro a alternar-me entre as janelas, não comporta o muito de tempo que já passou por mim, o que torna o eu que existe lá, dentro das janelas, temporalmente incompatível com o eu que existe aqui, em tempo real.
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