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Não tenho pressa …

Não tenho presa nenhuma dúvida que seja,

Não tenho presa dúvida nenhuma a mim,
Absolutamente nenhuma à solta dentro
Do corpo, nas solas as mãos terminam
Onde começam os quatro sentidos d’outros,

Sinto definitivamente não ser ninguém
Neste mundo, demito o tornar-me nesse
Rei do vulgar e do vulgo tal e qual morto
Em lugar findo deste reino onde não reino

E sem dúvida não é meu, demito-me inda
Do peso de sentir por todos a lua que seja
E o mistério dos braços prenderem o corpo
À alma e das gotículas de geada os dedos,

Quadrados cotovelos e o coração absoluto
Zero (noves fora), prefiro as solas aos sapatos
Que alego serem meus e depressa, antes
Que dêem pla falta deles manhã cedo,

Antes do começo dos outros e meu eterno
Delito, término e gémeo falso do infinito,
Qualquer dúvida fica inteiramente entre
Mim e a fala e até que, do falar m’esqueça,

Não tenho pressa …

Jorge Santos(02/2018)
http://namastibetpoems.blogspot.com

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terça-feira, fevereiro 13, 2018 - 21:15

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