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O cínico
Enquanto me isolo
e não sinto o ambiente,
afundo-me em mim mesmo
e adentro-me em meus vãos.
Enquanto desapareço
e não sinto mais o peso,
sento-me sobre o vazio
e flutuo na imensidão.
Fora:
“Ah, olhem para ele!
Eu nunca seria desse jeito!”
Por dentro:
Eles têm medo de si mesmos.
Eles têm medo da liberdade.
Eles têm medo da natureza.
Sei que não estarei aqui para sempre,
sei que ainda serei apenas resíduos,
adubo para estas terras já inférteis.
Então, deixarei minhas marcas
na face deste meu dia
e de todos os meus outros.
Talvez ainda escreverão sobre mim no futuro.
Talvez me abominarão ou me louvarão.
Talvez eu sirva de exemplo de vida
ou seja digno de rejeição.
Mas sei que, um dia,
de certo, me esquecerão.
E, eu, nada deixarei escrito:
minha vida será minha lição.
Aqueles que têm medo
(de si mesmos, da liberdade, da natureza)
de certo ainda dirão:
(Por fora):
“Ah, olhem para ele!
Eu nunca viveria desse jeito!”
Dentro:
Eu sei, eles têm medo da mudança,
medo do rio que se dissolve em mar,
medo das areias do tempo
erodidas pelas águas
da eterna transformação,
da perpétua mudança e evolução
que molda e remolda este mundo.
Um mundo indiferente a mim, e a você,
nem bom, nem ruim, apenas do jeito que deveria ser:
indiferente ao “dentro” e ao “fora” de tudo e de todos.
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Poesia :
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O cínico
Trata-se de uma cena em que um filósofo cínico (na concepção original da palavra) mergulha em si e é absorvido por seus pensamentos numa espécie de meditação profunda, indiferente ao ambiente que o cerca e às pessoas que lhe apontam o dedo.