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O verso do não amor

Não te amo, é certo!
Pena que não acreditas e
Insistes em algo que não existe
É armadilha, cuidado!

Não amo nem me apaixono...
Me aproximo como lobo,
pelo faro e feromônio, apenas
Dessa maneira não sofres
Da mesma maneira não sofro
Domina o seu demônio
Capo o capeta confuso

É óbvio que não te amo
Desejo apenas de carne,
Por necessidade de homem
Por delicadeza respeito
As regras do galanteio
Floreio a cama e canto

Definitivamente te esqueço
Como a carteira na mesa
Por ser moça da igreja
Não amo por serdes burguesa

Assim que adormeço
Após o orgasmo e o gozo
Outros sonhos me tropeçam
Embaraçam meus esquemas

Não te amo pois é caro
O amor de um homem cansado
Não o compras no mercado
Nem com vasos de cerveja
A certeza é que não amo!
Acertado!

Não te amo, pois sou breve
E leve em meus sentimentos
Como bóia no naufrágio
Como a brisa
Como erva no cigarro
Como fezes
Como fazem os capitalistas
Não possuis meu afeto
Apenas o meu desejo

Sou concreto
Miro meu objeto
Domino o animal no cio

Não te amo, me protejo
Na concha da ostra sem pérola
No estojo do caramujo
Na colcha de cama vazia

Não te amo, porque não quero
Ter ao meu lado dura tortura
Eterna e noturna

Não te amo, está decidido!
Aborto o sonho, ejeto!
Rejeito o projeto
São meus direitos!

Desmancho o castelo
De areia
Sou claro
Recolho o poema
Visto o pijama...
Já é tarde, melhor ir pra casa!


Gritas bem alto na rua de pedra:

- COVARDE!

Que importa! Já é mesmo bem tarde!

Submited by

sábado, março 5, 2011 - 00:38

Poesia :

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marcelocampello

imagem de marcelocampello
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Título: Membro
Última vez online: há 11 anos 3 semanas
Membro desde: 03/02/2011
Conteúdos:
Pontos: 310

Comentários

imagem de Ema Moura

O verso do não amor

Tanto empenho num verso que não ama...

Está decidido?

Eu também já decidi assim, deixar-me ir apenas por caminhos abortados. Em nada são mais fáceis, apenas os sentimos mais controlados.

Controlo versus incerteza

A incerteza é uma constante e o controlo uma miragem...

Tivesse eu me perdido nesse caminhar e ao meu rosto chegasse tudo o que quis controlar.

Ainda que seja tarde, importa!

Importa sempre, ainda que em verso se desmente...

Está mesmo decidido?

 

imagem de marcelocampello

Nao estou...

A incerteza é uma constante e o controlo uma miragem.

Bonito isso, nao estou decidido nao, nunca estive

Esse poema foi uma ocasiao para uma determinada pessoa!

Espero mesmo ver meu coração florir novamente, estou cultivando com cuidado, criando um ambiente favoravel, e sei que uma hroa renascera!

Me conheco um pouco e sei que sao boas fases para serem vividas!

Beijos com carinho!

.

imagem de Patrícia Taz

Querido Marcelo,

Teu amar no não amor
na colcha de cama vazia
mostra todo o teu rancor
por mulher da burguesia

Tropeço de um orgasmo
decisão sem teu afecto
desejo no puro marasmo
daquele mundo abjecto

No teu sentimento breve
domínio do cão com cio
o teu falo que faz greve
castelo de areia que ruiu
 

A ironia em poesia

Bjo

PaTaz

imagem de marcelocampello

Sempre linda

Ola Patricia, vc como sempre me encantando com seus comentarios,

Sempre em rima e cheios de significados profundos, que legal Patricia, e eu sempre meio desligado!

Eu nem tenho rancor exatamente da mulher burguesa, mas creio que da burguesia em si... é uma fase de minha vida em que meu amor anda meio esvaziado de profundidade, e que apenas a necessidade de um carinho gratuito é possivel!

Mas isso nao se pode confundir, jamais com amor!

Beijos queridos e serenos!

imagem de MauroBartolomeu

Gostei da sua abordagem,

Gostei da sua abordagem, poeta! 

imagem de marcelocampello

Obrigado camarada!

Legal hermano! Obrigado pela força!!!

Estamos ai na batalha... abraços fraternos!

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