CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Quando olho não me conheço…
Quando olho pra mim não me reconheço,
Nem neste angustiante peito de Filisteu
Externo, sem lugar entre dois céus tornados
Em chuva rija, tornando sempre cheia
Em rio aquilo que em mim acrescento,
Sensações que me embalam e eu deixo
Que aconteçam, sem que mova um dedo
Ou um caniço da margem do rio do “tanto-
-se-me-deu” – tampouco é o meu amor
Próprio de navio Almirante, logro, laico
Lasso, louco, que no mar assumi os olhos
E o sorriso como defeito, quando olho pra mim,
Assomo um existir que não aprovo, amaino
Estratagemas de um eu que não soube ser vida
E obra que desse vista a cegos e alma a hostes
De sentires diferentes destes outros, ocos,
Delirantes . A luz me lembrará em branco,
Distante o mar, arrefecido o horizonte, rarefeito
O ar, assim eu que me fabrico de agua e ágoras,
Me resigno ao olhar dos dedos de pele e veias,
Olhar o céu não me dá emoção, nem espero
Dele a gazua que me abra como se fosse acaso
Alguém do real mundo, que aliás desprezo,
Reprovo e abomino. Anseio pela harmonia
Que o universo dá a tudo e não pela unidade
De medida que deposito no coração caniço,
O qual olho e não conheço .
Jorge Santos (29/04/2015)
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 3376 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views | Last Post | Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Geral | Vivo do oficio das paixões | 1 | 3.017 | 06/21/2021 - 14:44 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Patchwork... | 2 | 3.634 | 06/21/2021 - 14:44 | Português | |
Poesia/Geral | A síndrome de Savanah | 1 | 4.178 | 06/21/2021 - 14:43 | Português | |
Poesia/Geral | A sucessão dos dias e a sede de voyeur ... | 1 | 5.295 | 06/21/2021 - 14:42 | Português | |
Poesia/Geral | Daniel Faria, excerto “Do que era certo” | 1 | 4.298 | 06/21/2021 - 14:41 | Português | |
Poesia/Geral | Objectos próximos, | 1 | 3.880 | 06/21/2021 - 14:40 | Português | |
Poesia/Geral | Na minha terra não há terra, | 1 | 3.354 | 06/21/2021 - 14:38 | Português | |
Poesia/Geral | Esquecer é ser esquecido | 1 | 2.765 | 06/21/2021 - 14:37 | Português | |
Poesia/Geral | Perdida a humanidade em mim | 1 | 3.018 | 06/21/2021 - 14:37 | Português | |
Poesia/Geral | Cumpro com rigor a derrota | 1 | 2.788 | 06/21/2021 - 14:36 | Português | |
Poesia/Geral | Não passo de um sonho vago, alheio | 2 | 3.478 | 06/21/2021 - 14:36 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | A sismologia nos símios | 1 | 4.061 | 06/21/2021 - 14:35 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Epistemologia dos Sismos | 1 | 3.452 | 06/21/2021 - 14:34 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Me perco em querer | 1 | 2.515 | 06/21/2021 - 14:33 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Por um ténue, pálido fio de tule | 1 | 3.755 | 06/21/2021 - 14:33 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Prefiro rosas púrpuras ... | 1 | 1.894 | 06/21/2021 - 14:33 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | A simbologia dos cimos | 1 | 2.202 | 06/21/2021 - 14:32 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Pangeia e a deriva continental | 1 | 4.674 | 06/21/2021 - 14:32 | Português | |
Poesia/Geral | Minh’alma é uma floresta | 1 | 1.474 | 06/21/2021 - 14:31 | Português | |
Poesia/Geral | O lugar que não se vê ... | 1 | 2.290 | 06/21/2021 - 14:31 | Português | |
Poesia/Geral | Meus sonhos são “de acordo” ao sonhado, | 1 | 3.263 | 06/21/2021 - 14:31 | Português | |
Poesia/Geral | Apologia das coisas bizarras | 1 | 1.850 | 06/21/2021 - 14:30 | Português | |
Poesia/Geral | Gostar de estar vivo, dói! | 1 | 1.569 | 06/21/2021 - 14:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Os Dias Nossos do Isolamento | 1 | 2.793 | 06/21/2021 - 14:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Permaneço mudo | 1 | 1.948 | 06/21/2021 - 14:28 | Português |
Comentários
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
Olhar o céu não me dá emoção, nem o espero
Olhar o céu não me dá emoção, nem o espero
Anseio pela harmonia
Anseio pela harmonia
Que o universo dá a tudo e não pela unidade
De medida que conheço