Equilíbrio
Olhos de tormento e tempestade
Cegam o desejo profano
E procuram à calmaria.
Uma suave brisa
Um vai e vem do mar.
Calma alma...
Um som lento e belo
Afasta o espírito,
Exalta o ego,
Encaminha a inteligência.
Esperança mantém a vida,
Prolonga os dias
Realça a fisionomia
Rejuvenesce e fica mais bela.
O vento não apaga a vela,
Mas apaga a desilusão.
Palavras sem razão
Que dormem numa folha
Somem e encarnam novamente.
Ficam na mente?
Alimentam a sua vivacidade.
Controla os olhos flamejantes!
Uma felina
Tão feminina!
A relva coberta de flores
Formam uma onda com o movimento do vento.
Assim é o seu corpo:
É ciúme e paixão
É intocável,
E ao mesmo tempo irresistível.
Quando seus olhos flutuam
Com o sopro do vento...
Você é sem dúvida uma pluma,
Uma deusa,
Algo tão poderoso e sensível
Que supera tudo que é normal e material.
É ódio pela insuperável força
É paixão pelo encanto e mistério.
Um mérito tão respeitado!
É céu de infinito
É lua de mistério
É mar de eterno.
Nunca imaginei,
Mas sempre senti,
Seu lado visto assim:
Nem sendo pequeno, nem sendo tão grande.
E fica em mim sua imagem...
Um equilíbrio
Calmo e suave.
******************************************************
Vê se me constróis uma mulher com dez pés de altura.
Constrói-me uma mulher com dez pés de altura.
Não a quero feia, não a quero baixa.
Dá-me alguém com quem possa gozar
Toda a noite.
(Jim Morrison)
Submited by
Poesia :
- Inicie sesión para enviar comentarios
- 834 reads
Add comment
other contents of Alcantra
Tema | Título | Respuestas | Lecturas | Último envío | Idioma | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/Amor | Soma de poemas | 5 | 2.650 | 02/27/2018 - 11:09 | Portuguese | |
Poesia/General | Abismo em seu libré | 0 | 3.075 | 12/03/2012 - 23:35 | Portuguese | |
Poesia/General | Condado vermelho | 0 | 3.495 | 11/30/2012 - 21:57 | Portuguese | |
Poesia/General | Ois nos beijos | 1 | 2.557 | 11/23/2012 - 10:08 | Portuguese | |
Poesia/General | Dores ao relento | 0 | 2.773 | 11/13/2012 - 20:05 | Portuguese | |
Poesia/General | Memórias do norte | 1 | 1.942 | 11/10/2012 - 18:03 | Portuguese | |
Poesia/General | De vez tez cromo que espeta | 0 | 3.015 | 11/05/2012 - 14:01 | Portuguese | |
Poesia/General | Cacos de teus átomos | 0 | 2.407 | 10/29/2012 - 09:47 | Portuguese | |
Poesia/General | Corcovas nas ruas | 0 | 2.868 | 10/22/2012 - 10:58 | Portuguese | |
Poesia/General | Mademouselle | 0 | 2.163 | 10/08/2012 - 14:56 | Portuguese | |
Poesia/General | Semblantes do ontem | 0 | 2.145 | 10/04/2012 - 01:29 | Portuguese | |
Poesia/General | Extravio de si | 0 | 2.855 | 09/25/2012 - 15:10 | Portuguese | |
Poesia/General | Soprosos Mitos | 0 | 3.412 | 09/17/2012 - 21:54 | Portuguese | |
Poesia/General | La boheme | 0 | 3.159 | 09/10/2012 - 14:51 | Portuguese | |
Poesia/General | Mar da virgindade | 2 | 2.293 | 08/27/2012 - 15:26 | Portuguese | |
Poesia/General | Gatos-de-algália | 0 | 3.125 | 07/30/2012 - 15:16 | Portuguese | |
Poesia/General | Vidas de vidro num sutil beijo sem lábios | 2 | 2.417 | 07/23/2012 - 00:48 | Portuguese | |
Poesia/General | Vales do céu | 0 | 2.321 | 07/10/2012 - 10:48 | Portuguese | |
Poesia/General | Ana acorda | 1 | 2.668 | 06/28/2012 - 16:05 | Portuguese | |
Poesia/General | Prato das tardes de Bordô | 0 | 2.460 | 06/19/2012 - 16:00 | Portuguese | |
Poesia/General | Um sonho que se despe pela noite | 0 | 2.634 | 06/11/2012 - 13:11 | Portuguese | |
Poesia/General | Ave César! | 0 | 3.018 | 05/29/2012 - 17:54 | Portuguese | |
Poesia/General | Rodapés de Basiléia | 1 | 2.465 | 05/24/2012 - 02:29 | Portuguese | |
Poesia/General | As luzes falsas da noite | 0 | 2.818 | 05/14/2012 - 01:08 | Portuguese | |
Poesia/General | Noites com Caína | 0 | 2.332 | 04/24/2012 - 15:19 | Portuguese |
Comentarios
Re: Equilíbrio
O amor, por vezes sustentado somente pela esperança que o prolonga, e quem sabe se numa palavra não fica na mente (enganando "a gente"). Resta o equilibrio da imagem de uma deusa que supera a eternidade.
Mto bom
Abraço
Re: Equilíbrio
Muito bonito! Na vida é muitas vezes difícil encontrar e manter o equilíbrio, mas conseguiste o equilíbrio das palavras neste poema.
Bj
Re: Equilíbrio
Parabéns pelo belo poema.
Gostei.
Um abraço,
REF
Re: Equilíbrio
Imensamente belo.
O céu
A lua
O mar
A onda
A relva
A onda
O corpo
Abraço
Re: Equilíbrio
Alcantra,
...e que esboço criado no desejo à luz dos seu olhos feito equilibrio...o que é feio para uns é bonito para outros e vice-versa...os gostos são assim não se discutem apenas respeitam-se...concordo consigo...cada um vive no seu mar de desejos.
Um abraço :-)
Re: Equilíbrio
Em pleno equilibrio das emoções um hino poético com belas imagens.
Beijos
Re: Equilíbrio
Pérolas e ouro pela serrania... No lago branco e rútilo do dia, O azul pompeava para sempre vasto. Chegaste, o seio branco, e, tu, chegando, Uma pantera foi se ajoelhando, Rendida ao eflúvio do teu seio casto! Augusto dos Anjos.
Estas palavras, não minhas, demonstram o que pensei de sua poesia; bela como todas as outras, porém com um toque a mais de romantismo que me era desconhecido em seus versos. Surpreendeu-me suas palavras e sua citação de Morrison, pelo visto temos alguns gostos semelhantes.
Com carinho, sua amiga Anita.
Re: Equilíbrio
Nunca imaginei,
Mas sempre senti,
Seu lado visto assim:
Nem sendo pequeno, nem sendo tão grande.
E fica em mim sua imagem...
Um equilíbrio
Calmo e suave.
LINDO POEMA, GOSTEI!
Marne