Num bar

Uma criação implorando para nascer
Na mesmíssima proporção quando vemos a infância crescer,
Visões ao largo encontram mundos desconhecidos

Quem de entre vós será capaz de definhar-se
Na mortalha mal trabalhada,
Nos fios conduzidos à luz coada
Severa e mística da pele do quarto
Esta, pois não nega com cuidado a culpa,
Muito menos sentes pavor da morte lenta

Esqueceram o mal do século
E as feições Van Goghiana num retrato
Pintado pela aparência

Houve épocas que a noite era impecável
Discursos ao curso nexo de viradas manhãs
Amanhecidas num leito
Aonde corpos entrelaçavam-se com cura
Volúpia medo & desejos

Veio a discrepância e o solo lamento da mal fadada
Silhueta da sombra que afasta-se ao repente
Deslizou por entre sons de violoncelos.

O breve ficou ao alento e ao quem sabe um dia

Hoje, sedosas mãos tapam alguns olhos
E amordaçam alguma tão somente boca
Os gritos vão ao interior perdido do coração
Visões seguem cegas na imagem revelada da alma maldizente

Mais que algo por...
Sobre uma toalha
Uma xícara
Uma memória

Lúcido! Lúcido!
O intelecto é indigesto

No silêncio vivo toca-me ao cérebro
Ao sino de tino badalo
E faço-me de um café bastante diferente.

Submited by

Domingo, Diciembre 13, 2009 - 23:14

Poesia :

Sin votos aún

Alcantra

Imagen de Alcantra
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 10 años 15 semanas
Integró: 04/14/2009
Posts:
Points: 1563

Comentarios

Imagen de RobertoEstevesdaFonseca

Re: Num bar

Belas imagens.

Valorizam a forma do poema.

Um abraço,
REF

Imagen de ivonette

Re: Num bar

Simplesmente lindo.Parabéns
Perfeito.

Imagen de MarneDulinski

Re: Num bar

LINDO POEMA, GOSTEI!
MarneDulinski

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of Alcantra

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Amor Soma de poemas 5 2.861 02/27/2018 - 12:09 Portuguese
Poesia/General Abismo em seu libré 0 3.206 12/04/2012 - 00:35 Portuguese
Poesia/General Condado vermelho 0 3.727 11/30/2012 - 22:57 Portuguese
Poesia/General Ois nos beijos 1 2.726 11/23/2012 - 11:08 Portuguese
Poesia/General Dores ao relento 0 3.036 11/13/2012 - 21:05 Portuguese
Poesia/General Memórias do norte 1 2.159 11/10/2012 - 19:03 Portuguese
Poesia/General De vez tez cromo que espeta 0 3.316 11/05/2012 - 15:01 Portuguese
Poesia/General Cacos de teus átomos 0 2.610 10/29/2012 - 10:47 Portuguese
Poesia/General Corcovas nas ruas 0 3.096 10/22/2012 - 11:58 Portuguese
Poesia/General Mademouselle 0 2.453 10/08/2012 - 15:56 Portuguese
Poesia/General Semblantes do ontem 0 2.278 10/04/2012 - 02:29 Portuguese
Poesia/General Extravio de si 0 3.080 09/25/2012 - 16:10 Portuguese
Poesia/General Soprosos Mitos 0 3.605 09/17/2012 - 22:54 Portuguese
Poesia/General La boheme 0 3.324 09/10/2012 - 15:51 Portuguese
Poesia/General Mar da virgindade 2 2.436 08/27/2012 - 16:26 Portuguese
Poesia/General Gatos-de-algália 0 3.512 07/30/2012 - 16:16 Portuguese
Poesia/General Vidas de vidro num sutil beijo sem lábios 2 2.586 07/23/2012 - 01:48 Portuguese
Poesia/General Vales do céu 0 2.468 07/10/2012 - 11:48 Portuguese
Poesia/General Ana acorda 1 2.879 06/28/2012 - 17:05 Portuguese
Poesia/General Prato das tardes de Bordô 0 2.779 06/19/2012 - 17:00 Portuguese
Poesia/General Um sonho que se despe pela noite 0 3.100 06/11/2012 - 14:11 Portuguese
Poesia/General Ave César! 0 3.191 05/29/2012 - 18:54 Portuguese
Poesia/General Rodapés de Basiléia 1 2.728 05/24/2012 - 03:29 Portuguese
Poesia/General As luzes falsas da noite 0 3.075 05/14/2012 - 02:08 Portuguese
Poesia/General Noites com Caína 0 2.577 04/24/2012 - 16:19 Portuguese