Fetiche ao Imaginário

Quem disse que não, se engana!
Removo reinos para servir-te,
Deténs o dom de, ao tocar-me,
Traduzir o átomo divino que trago
Por dentro. Indomável, gigante!

Meus nervos explodirem em arte
na túrgida vibração da música
Assim como a musa que serve
De estandarte à ordem da matéria

A obra que não se desgasta
não se comporta...
Enverga a coluna do homem
Lhe dobra pela lei pétrea que eleva
a carne ao tempo eterno.

Escraviza-me!
Enraíza em mim seu idioma, em minha pele!
Seu código genético em alto-relevo, me revele

Desejo ardente do eterno servir-te!
Selvagem, te reverencio...
Rendo sacrifícios, meu sangue na tijela
É meu oficio, estala a chibata na omoplata!
Abre um sulco, sem aviso!

A descarga de elétrons doma com seu chicote
E ordena que eu trabalhe!

Atingi o estado que paralisa o tempo
Dopado no suor de meu corpo. Exausto!

Ah... e fractais de memória
São tácteis, embora xilogravadas em mármore
E ventanias, são devaneios... de Fausto!

Tempo, que importa? Desejo servir-te
Meu corpo sem córtex a desejar-te
Sonidos a parte, te divinizam

Mirror de rosto em horrores
Desfigurada imagem da arte
A bruta matéria agoniza
E o cerebelo se regozija

É droga que hipnotiza
Música que embala:
bigorna, estribo e martelo
que vibra

Tímpano, olfato
meu tato desmaterializa
os verbos todos em cinzas

Em êxtase expando a retina
A tinta de seus cabelos me tinge...

Me atinge em cheio... no meio da testa
Oh Realidade!
Um tiro

São sete os pontos cardeais...

Um lado,
o outro,
pra cima,
pra baixo,
De frente,
atrás e
por dentro

O certo é que nos encontraremos
pelas esquinas do universo
Onde materia e sonho se acasalam,
estrelas se reproduzem

Submited by

Viernes, Marzo 4, 2011 - 17:53

Poesia :

Sin votos aún

marcelocampello

Imagen de marcelocampello
Desconectado
Título: Membro
Last seen: Hace 12 años 2 semanas
Integró: 03/02/2011
Posts:
Points: 310

Add comment

Inicie sesión para enviar comentarios

other contents of marcelocampello

Tema Título Respuestas Lecturas Último envíoordenar por icono Idioma
Poesia/Meditación A história da cabeça que fugiu dos pés! 4 1.809 06/10/2012 - 22:03 Portuguese
Poesia/Meditación The story of a head that ran from its feet 0 2.398 06/10/2012 - 12:07 Inglés
Poesia/General Dr. Jekyll: Pb > Au 0 1.905 12/12/2011 - 11:26 Portuguese
Poesia/General Cavaleiro de Copas 0 2.013 12/09/2011 - 19:40 Portuguese
Poesia/Intervención BELO MONTE 0 1.682 12/09/2011 - 19:03 Portuguese
Poesia/General Gilliat e Deruchete 1 2.885 12/01/2011 - 18:42 Portuguese
Poesia/General Pessoas são como países (reeditado) 0 1.732 10/25/2011 - 14:47 Portuguese
Poesia/General PESSOAS SAO COMO PAISES 0 1.718 10/25/2011 - 14:41 Portuguese
Poesia/General ENTROPIA MONETÁRIA 0 1.892 10/07/2011 - 15:50 Portuguese
Poesia/General MORO NESSA CASA VAZIA 0 1.863 10/07/2011 - 15:46 Portuguese
Poesia/Fantasía Amores e Mamutes 4 1.773 04/30/2011 - 16:59 Portuguese
Poesia/Amistad Jocasta, Amelie Poulain e Lili Carabina 2 2.462 04/28/2011 - 20:40 Portuguese
Poesia/General A MENINA NA CAVERNA 0 2.190 04/27/2011 - 15:16 Portuguese
Poesia/General O Eco, a Sombra e as Estrelas 1 2.346 04/27/2011 - 03:48 Portuguese
Poesia/General FANTASIA MIGRANTE 3 1.942 04/19/2011 - 19:00 Portuguese
Poesia/General Canção em Espiral 1 1.622 04/16/2011 - 04:08 Portuguese
Poesia/General Tropa serena 0 2.449 04/16/2011 - 01:52 Portuguese
Poesia/General Desculpai-me insetos! 2 2.501 04/13/2011 - 22:52 Portuguese
Poesia/General Algum abandono previsível! 3 2.096 04/12/2011 - 14:02 Portuguese
Poesia/General Mom made a doll 0 1.993 04/09/2011 - 23:18 Inglés
Poesia/General Jocasta, Amelie Poulain e Lili Carabina 0 2.762 04/09/2011 - 16:18 Inglés
Poesia/General The poem's not love 0 2.124 04/09/2011 - 16:17 Inglés
Poesia/General Adrift 0 2.372 04/09/2011 - 16:16 Inglés
Poesia/General Encerrai a cavalgada! 2 1.725 04/09/2011 - 11:51 Portuguese
Poesia/General Passou o tempo querida! 6 1.872 04/05/2011 - 12:33 Portuguese