Aquieta o Realejo e Seu Macaco!

Vou a praça meu amigos! Não me calem!
Desta vez é diferente. Vou gritar a todo povo
Com vontade. Que sou jovem e deliro com poemas!
Sou bonito bem lá dentro, não perfeito
Mas amável e contente Dom Quixote!

Vou a praça meus amigos. Não duvidem!
Acordar os passarinhos logo cedo, com migalhas
E cantigas e assovios, vou ali tocar o sino da capela
No coreto encostar minhas costelas, vou deitar
E decifrar mais um soneto,
ou quem sabe, serenata para as estrelas.

Vou a praça meus amigos. Convocado pelos anjos,
Não gargalhem! Mas é claro que retumba em meu ouvido
Uma trombeta, e me chama pelo nome como bomba
Estalando na usina japonesa. Não escutam o universo?
Bueno, eu escuto e me despeço. Me convocam!

Eu alisto as legiões de bons profetas
Vou de fato, de mãos dadas à paixão Roberspiana!
Laços feitos com a jovem Julieta
Vou trotando o Corcel Negro, pela praia!
Flutuando como pássaro ligeiro, que alegria!
.
.
.
Ao passar o general, meus quatro dedos
lhe concedem continência com respeito!
E a praça me aparece tão distante...
e o povo me parece satisfeito
com as pérolas atiradas por palhaços...
que adormeço de cansaço antes do sono

Operário de palavras que escreve,
torturado na masmorra como escravo.
Que tristeza!

Sim senhor! Ao trabalho, aperto um parafuso!
Me desculpe!
Desaparece a praça no infinito do desejo!
Cala-te macaco!
Sufoco uma vez mais o realejo!

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Domingo, Marzo 13, 2011 - 15:55

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marcelocampello

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