CONCURSOS:
Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia? Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.
Tiras-me as palavras da boca
Tiras-me palavras da boca
Com alfinetes de dama, agulhas finas,
Tenho a maldita certeza e é
Como se vendo, sair
Uma a uma, sinuosas lentas, dançam
Numa espécie de bailado cósmico, dóceis
No movimento, confortam-me, deslocam-
-se, vejo-as cruzar a alma, adiante do
Meu fôlego, nas coisas que digo, faço,
Falam por mim e de mim falam, clamam
Eloquentes, nem necessidade
De existência viva, sonhos são
E sempre, passagem para outras
Vidas existentes, inexplicáveis
Pra gente, - arquitetos com
corpo- , Se eu puder explicar o que vejo,
Saindo da minha boca, talvez fosse
Como ouvires música vinda de outras
Dimensões e a emoção emoção bem-vinda,
Sensação de Terra, externa ao ouvido,
Tiras-me palavras da boca, sonhos
Inesperados na primeira fila, fábulas
Depois absurdas falas, ilícitas, caídas no chão,
No fim retiras buscar imagens,
Que me convenci saírem de mim,
Mas não, sou eu de mim partindo
Trespassado a alfinetes, toda a voz tem
Um fio, o fim é quem me ouve claro,
Exterior ao ouvido, uma a uma
As palavras que retiro da boca, sonhos
Enfim ausentes do corpo físico ,
Outros mundos a roçar por mim e eu todo,
Espécie alguma viva tem destes sonhos
Em que nada pesa, tudo balança
Sinuoso e lento, alheias e nem tanto,
Tiras-me da boca as palavras, nem todas,
A impureza é uma casta e o meu solo
Fértil, na boca faço asilo, das palavras
Mais fétidas às que desobedecem e têm
Severo castigo fora deste covil de asceta…
Joel Matos (23 de Janeiro de 2021)
http://joel-matos.blogspot.com
https://namastibet.wordpress.com
http://namastibetpoems.blogspot.com
Submited by
Ministério da Poesia :
- Se logue para poder enviar comentários
- 3413 leituras
Add comment
other contents of Joel
Tópico | Título | Respostas | Views |
Last Post![]() |
Língua | |
---|---|---|---|---|---|---|
Ministério da Poesia/Geral | Vivo do oficio das paixões | 1 | 3.745 | 06/21/2021 - 14:44 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Patchwork... | 2 | 4.614 | 06/21/2021 - 14:44 | Português | |
Poesia/Geral | A síndrome de Savanah | 1 | 5.671 | 06/21/2021 - 14:43 | Português | |
Poesia/Geral | A sucessão dos dias e a sede de voyeur ... | 1 | 8.360 | 06/21/2021 - 14:42 | Português | |
Poesia/Geral | Daniel Faria, excerto “Do que era certo” | 1 | 4.848 | 06/21/2021 - 14:41 | Português | |
Poesia/Geral | Objectos próximos, | 1 | 5.308 | 06/21/2021 - 14:40 | Português | |
Poesia/Geral | Na minha terra não há terra, | 1 | 3.746 | 06/21/2021 - 14:38 | Português | |
Poesia/Geral | Esquecer é ser esquecido | 1 | 3.772 | 06/21/2021 - 14:37 | Português | |
Poesia/Geral | Perdida a humanidade em mim | 1 | 4.515 | 06/21/2021 - 14:37 | Português | |
Poesia/Geral | Cumpro com rigor a derrota | 1 | 4.648 | 06/21/2021 - 14:36 | Português | |
Poesia/Geral | Não passo de um sonho vago, alheio | 2 | 4.881 | 06/21/2021 - 14:36 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | A sismologia nos símios | 1 | 5.341 | 06/21/2021 - 14:35 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Epistemologia dos Sismos | 1 | 3.946 | 06/21/2021 - 14:34 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Me perco em querer | 1 | 3.272 | 06/21/2021 - 14:33 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Por um ténue, pálido fio de tule | 1 | 4.279 | 06/21/2021 - 14:33 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Prefiro rosas púrpuras ... | 1 | 3.247 | 06/21/2021 - 14:33 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | A simbologia dos cimos | 1 | 3.251 | 06/21/2021 - 14:32 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Pangeia e a deriva continental | 1 | 5.147 | 06/21/2021 - 14:32 | Português | |
Poesia/Geral | Minh’alma é uma floresta | 1 | 2.123 | 06/21/2021 - 14:31 | Português | |
Poesia/Geral | O lugar que não se vê ... | 1 | 3.112 | 06/21/2021 - 14:31 | Português | |
Poesia/Geral | Meus sonhos são “de acordo” ao sonhado, | 1 | 4.090 | 06/21/2021 - 14:31 | Português | |
Poesia/Geral | Apologia das coisas bizarras | 1 | 2.541 | 06/21/2021 - 14:30 | Português | |
Poesia/Geral | Gostar de estar vivo, dói! | 1 | 2.728 | 06/21/2021 - 14:30 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Os Dias Nossos do Isolamento | 1 | 3.642 | 06/21/2021 - 14:28 | Português | |
Ministério da Poesia/Geral | Permaneço mudo | 1 | 2.930 | 06/21/2021 - 14:28 | Português |
Comentários
Sem palavras!
Sem palavras para tão bela construção poética. Gostei muito. Forte abraço!