CONCURSOS:

Edite o seu Livro! A corpos editora edita todos os géneros literários. Clique aqui.
Quer editar o seu livro de Poesia?  Clique aqui.
Procuram-se modelos para as nossas capas! Clique aqui.
Procuram-se atores e atrizes! Clique aqui.

 

Ópium fumando Maio

Ópium fumando Maio

Sonolenta manhã tragada pelo esbranquiçado
Sutil cedo dos dias de Maio
De Maio fumando Ópium
Desmaio Ópium fumando Maio

Nas coisas querendo aparecer
Digo ao Maio mal vestido:
Estou e sempre estive contigo
Contido totalmente tido
Sido
Não assim sempre em mim
No ontem de mãos abertas
Tentando romper a prisão da aurora

E lá se vai meu semblante!
Acariciando imagens reveladas
Infalíveis
Ali ficando
Cérebros amassados
E jogados nas ruas
Duma cidade esquecida pelas pessoas
Expulsas pelo frio recém parido.

Dia cedo do cedo dia
Que só eu, apenas eu,
Estive aqui

Sentes a lágrima que o céu coloca em seu rosto?
As lágrimas do sereno de Maio
De Maio fumando Ópium
De Ópium fumando Maio?

De súbito tremelicas rouquenho
A colisão de cada mínima gota
Na cortina que não quer se abrir.

Desdobro-me ao relento de lentes abotoadas
Que socam a visão embaçada
Na umidade do trilho aberto ao ar.
Aberto ao sono
Ao sonho
A mim.

Submited by

quarta-feira, agosto 5, 2009 - 15:18

Poesia :

No votes yet

Alcantra

imagem de Alcantra
Offline
Título: Membro
Última vez online: há 9 anos 23 semanas
Membro desde: 04/14/2009
Conteúdos:
Pontos: 1563

Comentários

imagem de Obscuramente

Re: Ópium fumando Maio

Gostei bastante, muito bem escrito.

Abraço.

imagem de lobo

Re: Ópium fumando Maio

Gostei deste opio, este poema lembra-me como se fosse um jogo de ritmos, maio o mês dos opios as imagens ricas como as lagrimas do sereno de maio. muito bom

imagem de KeilaPatricia

Re: Ópium fumando Maio

Sublinho:

"Estou e sempre estive contigo
Contido totalmente tido
Sido
Não assim sempre em mim
No ontem de mãos abertas
Tentando romper a prisão da aurora"

MT Bom

seja bem vindo :-)

imagem de MarneDulinski

Re: Ópium fumando Maio

Alcântara!

Gostei e gostei dessa parte:
Desdobro-me ao relento de lentes abotoadas
Que socam a visão embaçada
Na umidade do trilho aberto ao ar.
Aberto ao sono
Ao sonho
A mim.

MarneDulinski

Add comment

Se logue para poder enviar comentários

other contents of Alcantra

Tópico Título Respostas Views Last Postícone de ordenação Língua
Poesia/Amor Soma de poemas 5 2.045 02/27/2018 - 12:09 Português
Poesia/Geral Abismo em seu libré 0 2.265 12/04/2012 - 00:35 Português
Poesia/Geral Condado vermelho 0 2.876 11/30/2012 - 22:57 Português
Poesia/Geral Ois nos beijos 1 1.924 11/23/2012 - 11:08 Português
Poesia/Geral Dores ao relento 0 2.233 11/13/2012 - 21:05 Português
Poesia/Geral Memórias do norte 1 1.343 11/10/2012 - 19:03 Português
Poesia/Geral De vez tez cromo que espeta 0 2.382 11/05/2012 - 15:01 Português
Poesia/Geral Cacos de teus átomos 0 1.789 10/29/2012 - 10:47 Português
Poesia/Geral Corcovas nas ruas 0 2.346 10/22/2012 - 11:58 Português
Poesia/Geral Mademouselle 0 1.628 10/08/2012 - 15:56 Português
Poesia/Geral Semblantes do ontem 0 1.708 10/04/2012 - 02:29 Português
Poesia/Geral Extravio de si 0 2.234 09/25/2012 - 16:10 Português
Poesia/Geral Soprosos Mitos 0 2.752 09/17/2012 - 22:54 Português
Poesia/Geral La boheme 0 2.529 09/10/2012 - 15:51 Português
Poesia/Geral Mar da virgindade 2 1.697 08/27/2012 - 16:26 Português
Poesia/Geral Gatos-de-algália 0 2.439 07/30/2012 - 16:16 Português
Poesia/Geral Vidas de vidro num sutil beijo sem lábios 2 1.790 07/23/2012 - 01:48 Português
Poesia/Geral Vales do céu 0 1.554 07/10/2012 - 11:48 Português
Poesia/Geral Ana acorda 1 2.131 06/28/2012 - 17:05 Português
Poesia/Geral Prato das tardes de Bordô 0 1.933 06/19/2012 - 17:00 Português
Poesia/Geral Um sonho que se despe pela noite 0 1.907 06/11/2012 - 14:11 Português
Poesia/Geral Ave César! 0 2.605 05/29/2012 - 18:54 Português
Poesia/Geral Rodapés de Basiléia 1 1.715 05/24/2012 - 03:29 Português
Poesia/Geral As luzes falsas da noite 0 2.551 05/14/2012 - 02:08 Português
Poesia/Geral Noites com Caína 0 1.794 04/24/2012 - 16:19 Português