CIÚME DOS TEMPORAIS
Sempre voltam as tempestades
Ausência que não reclamamos
E entre o que não desejamos
Voltam nossas dificuldades
Familiares e amizades
Nossos maiores capitais
Vão e não voltam nunca mais
Pra matarem nossas saudades
A natureza, entrementes
Desde o começo, embrutecida
Demonstra seu desprezo à vida
Dos humanos pobres viventes
E entre as provas evidentes
Da sua insensibilidade
Está a de não matar saudade
Mas matar com suas enchentes
É a vida de nós desiguais
Dias bons e dias ruins
São os desertos e os jardins
As nossas paisagens reais
E um dia para nunca mais
A vida pra sempre nos solta
Consciente que nunca mais volta
Com ciúme dos temporais.
Sérgio da Silva Teixeira
Bagé/RS.
Submited by
Tuesday, October 9, 2018 - 18:41
Poesia :
- Login to post comments
- 1445 reads
Add comment
Login to post comments
other contents of Sérgio Teixeira
Topic | Title | Replies | Views | Last Post | Language | |
---|---|---|---|---|---|---|
Poesia/General | EXTERMÍNIO | 2 | 838 | 03/26/2011 - 20:16 | Portuguese | |
Poesia/General | O RIO GRANDE DO SUL E O MUNDO | 5 | 883 | 03/04/2011 - 13:46 | Portuguese | |
Ministério da Poesia/General | VANDALISMO EMPRESARIAL | 0 | 1.288 | 01/26/2011 - 01:56 | Portuguese | |
Poesia/General | SERES RACIONAIS | 0 | 1.486 | 01/25/2011 - 03:05 | Portuguese |
Comments
Ciúme dos temporais
Parabéns por mais um texto admirável! Admiro-os todos.
E feliz aniversário! Muitas felicidades.
Comment
É como se este poeta
que vive na liberdade
das coisas simples, reais,
falasse com intimidade,
com voz de alma inquieta,
com ventos e temporais.
Pode até ser que pareça Que
Pode até ser que pareça
Que os meus versos normais
Fale aos ventos, temporais
E esse sonho aconteça
Pois sonhar é o meu papel
E agradeço a poesia
Ter a tua companhia
Amigo J Thamiel