A lenda de Enoah - Capitulo 3
Enoah chegou ao Palácio acompanhada de dois guardas, sendo prontamente levada aos aposentos da Rainha.
Como manda o ritual sempre que chega uma mocida, a rainha a recebe, antes do banho de preparação e conversa um pouco com ela.Era tambem uma forma de avaliar hipotéticas candidatas.
De seguida as duas aias, conduzem a candidata a mocida para o banho onde a perfumam,a limpam e a preparam para o grande momento.
A rainha aguardava-a com expectativa, criticava o rei, mas na verdade ela não conseguia ficar indiferente ao olhar da filha da montanha.
Quando ela entrou, ainda perturbou mais a rainha. Ela que vira já jovens entrarem nervosas, com medo, ou obrigadas,via esta criatura entrar altiva, segura e apresentando uma frieza incalculável.
-Sê bem vinda ao Palácio de Ishtfall!
-Honrada majestade!
-Nervosa?
-Porque estaria?
-Afinal vais ser Mocida.
-Não nasci para ser escrava, Majestade!
Por uns segundos os olhares se fixaram, se trocaram e se tocaram. Latvéria, a rainha, não resistiu a olhar melhor a recente aquisição do Rei.
Ainda lhe custava a acreditar que o Leopoldo II pudesse escolher, alguém assim.
Enoah era franzina, muito masculina, quase sem seios e de curtas pernas. Não exibia um unico sinal exterior de beleza e os longos cabelos negros, revelavam-se maltratados e pouco cuidados.
Sentindo-se observada e ainda a impulso interior, Noah livrou-se da roupa, exibindo-se perante a rainha.
Não sendo este o protocolo, a rainha não conseguiu articular qualquer palavra e em segundos, tinha a jovem nua na sua frente, como se fosse uma estátua, pronta a ser tocada.
Sendo a rainha frígida,sentiu-se atraida por ela e isso asssustava-a.
Sem pensar, deu consigo a tocar nos seios nus dela, primeiro levemente, depois apertando delicaamente e trémulamente os mamilos pontiagudos e a afagar-lhe a face.Ela mantinha-se distante, indiferente e as mãos da rainha subiam e desciam, sentindo todo o corpo dela.Suspirava a rainha e preparava-se para, vencida se entregar nos braços da Mocida, quando foi salva pelas aias que entravam, que não esconderam a admiração por a verem nua diante da rainha.
Virando rápidamente a cara, Latvéria com um sinal com a mão direita, ordenou que a levassem ao banho:
-E destruam esses trajes que ela trazia. São campónios!
-Será feito, grande rainha!
-Esperem...Que trajes ela usará?
-Os trajes de Mocida, como habitualmente majestade!
-Não! Vistam-na com o Adresseur Dourado.
-Como?
-Vocês ouviram-me!
-Sim majestade, será feito!
Adresseur era um vestido de seda, apenas com frente, sendo atado, espécie de bata atrás. Fora o traje usado pela rainha na noite de nupcias.
Assim que elas se retiraram, a rainha contemplou a janela dos seus aposentos meditativa. Havia algo no olhar daquela mulher que a enfeitiçava.
Seria ela uma bruxa? Que loucura lhe acontecera, ao tocá-la. Sentiu todo o seu interior em fogo, o coração a palpitar. Não era normal numa mulher frigida.
E pela primeira vez em muitos anos, sentiu a excitação crescer nela. Sorriu de felicidade.
Na grande sala de banho, as aias cumpriam a preceito o ritual. Imóvel, na banheira de água morna, Enoah era ensaboada, apalpada, apertada, beijada. Era impossivel as aias resistrem. Como um poderoso Iman, sentiam-se seduzidas por ela, queriam mais e mais. Tocarem-na, beijarem-na.
Tal situação divertia a filha da montanha, e de repente, como que despertadas de um sonho, as aias apercebendo-se do que fizeram, coraram e vestiram-na à pressa.
Na sala do Trono a expectativa era grande, como aliás seria de esperar. Leopoldo II estava radiante por conhecer a filha da montanha, e acima de tudo para confirmar o que dela pensava.
Por sua vez, sentado perto dele, Gambinus, o Padre aguardava com alguma luxuria, a vinda da jovem.
Uma vez que os Deuses proibiam o rei de ter relações com virgens, (sob a pena das forças e favores dados pelos Deuses à figura do Rei, transferirem para a jovem), era a ele quem competia o trabalho.
Mas o padre estava indagado pela não presença de Percival. O rei pedira expressamente a sua presença, viu o rei a falar com Percival e ele partira zangado. Era sempre bom ter um nobre audaz como Lord Percival perto.
A rainha chegou vagarosa, sentando-se no palanque do trono ao lado do Rei, sorriu-lhe levemente e como habitualmente, estende-lhe a mão, permanecendo de mão dada com ele até á chegada de Enoah.
Ao som de trompetes, Enoah entrou confiante a serena na sala de trono, tendo imediatamente as pesadas portas, se fechado nas suas costas.
Caminhava segura e tranquila com o vestido dourado, ofuscando os presentes. O cabelo ainda húmido traduzia uma beleza em longos cachos de carvão.
Avançou acompanhada por uma das aias e ajoelharam-se as duas diante da figura real
-Bem vinda Enoah, filha da montanha! Este é o teu dia.- O rei rejubilava por tal facto.
-Falais como se fosse importante! - O tom da jovem era frio e cortante.
-Claro que é.Hoje os Deuses te escolheram!Serás filha dos grandes Deuses.
-Já tive um pai antes e não creio estar para adopção.
A heresia revoltou o rei, e aguardando uns segundos, sem largar a mao da rainha, sentenciou num tom áspero:
-Tragam o Abelastro. Ela será tomada de pé, como escrava. Um pouco de sacrificio lhe fará bem.
Gambinus tremeu com a invocação do Alabastro. Desde as batalhas com o reino vizinho que não era usada aquela forma de cavalete de madeira, onde os pulsos eram algemados, bem como os pés, ficando numa forma de X, dobrada para a frente.
Nem esse facto assutou Noah, que prontamente tomou posição, sentindo as agulhetas e cadeados se fecharem na extremidade dos seus membros. O unico descanso do corpo, era o chamado queixal, que obrigatoriamente forçava-a a olhar de frente os Reis.
O padre despiu-se e de frente para o rei, aguardou instruções:
-Não a dispas, não sejas contemplativo.Não tenhas pressa!
-Não sereis homem para procederes a esse trabalho?- A voz da jovem mantinha-se fria e gelada
-Não vos preocupeis. terei minha vez!
A rainha não expressou um unico gesto.permanecia absorvida nela.Tambem ela desejava que Enoah sofresse.
O padre sorridente avançou hirto, colocando-se atras de Enoah.Sem desviar os olhos do rei, proferiu um missal curto em honra dos Deuses, rasgando a calcinha dela.
Enoah mantinha-se firme, de olhos postos na rainha. Ela sabia para o que vinha e não parecia incomodá-la
As primeiras estocadas do padre foram curtas e intensas, enquanto o membro ereto entrava e saia frenéticamente nela. Porém nem assim o seu rosto se alterou.
A cada estocada, Enoah proferia frases curtas em dialeto montanhês, como se estivesse a rezar.Não gemeu, não chorou, não sorriu, não gritou.
Limitava-se a proferir frases curtas, em direcção á rainha.
Para desgosto do Padre, o sexo de Enoah era frio, gelado, seco e quanto mais a penetrava, mais dores no membro sentia.
De subito Enoah calou-se e algo de estranho sucedeu.A rainha sentiu calores, tremores. O vulcão que sempre calára no meio das pernas, ganhara voz e entrara em erupção.
Inicialmente tentara apertar pernas , entrelaçando-as, mas tal efeito só agravou..Os calores, os tremores, as palpitações e o desespero.
O olhar dela fulminante, os olhos castanhos ardentes, aquelas frases que ela proferira na sua cabeça.
E os mamilos? Oh Deuses, espetavam-se como flechas.O rubor, o suar, a tesão.
Ao seu lado o rei assistia calado á violação de Enoah, afastando as abas do manto para que o membro pudesse crescer e se evidenciar
Estranhamente sentiu a mão da rainha nele pousando nele, procurando-o, acariciando-o, brincando com ele como nunca fizera.
Enoha observava a lasciva rainha e pela primeira vez, exprimia um sorriso.
Nela, o padre repartia entre os seus dois orificios as atenções, e soltando um esgar de enfado, a jovem concentrou-se e de subito o seu sexo ganhou vida própria, segurando o membro do padre e apertando.o como se fosse um torniquete, justo no momento de gozo do padre.
Nesse preciso momento o padre gritou de dor, de muita dor. Era como ter uma bomba pronta a rebentar e ela rebentar nas suas entranhas.
Por mais que se afastasse não coseguia sair dela, até que ela o libertou, caindo de dores, dobrado em dois.
A Rainha de joelhos beijava apaixonadamente o opulento sexo do marido, que escandalizado pelas suas atitudes e surpreso por ver Enoah se soltar das algemas, preparava-se para se levantar, quando a rainha o montou de pronto.
Enoah, com rios de sangue a escorrerem-lhe pelas pernas, apoderou-se da faca do padre e aproximou-se sorridente do rei.
-Nunca pertencerei a ninguem. Muito menos a um rei fraco, que se deixa manipular por um falso Oráculo, um falso padre.
-Dizeis blasfémias!
-Digo? A rainha monta-vos como nunca o montou. Jamais foi frigida. Os Deuses não vos protegem, tudo nãp passa de charlatice. Nós homens somos os verdadeiros Deuses na medida das nossas forças.
A escassos passos do trono, o rei suplica:
-Percival, agora!
De trás do palanque saiem quatro escudeiros e Percival que se apressa a dominar Enoah.
De subito a magia passa. A rainha abre os olhos como que despertada de um sonho, sentada no colo do marido, ainda com membro ereto dentro dela, manchada no ventre, pelo liquido real.
Abismada e atordoada apruma-se e o rei se levanta, caminhando em direcção a Enoah.
- A razão porque está aqui, prende-se ao facto de ser a verdadeira filha das Montanhas.
-Como? - Indagou a rainha
-Durante muitos anos ouvi falar na tribo das Montanhas. Nos seus poderes míticos. Seres capazes de enfeitiçar e hipnotizar. Seres capazes de caminharem invisiveis. E hoje eu presenciei. Nunca pretendi que fosse minha, mas tenho uma missão para vós.
-Então tudo isto foi encenação. Ser violada...
-Ah não. Purificada. isso era necessário.
-Oh meus Deuses. O padre? - Inquiriu aterrorizada a rainha
-Gelo, e banho frio resolvem. - Sorriu Enoah
Pois agora vamos falar da sua missão e bem vinda ao palácio!
-----------FIM terceiro capitulo--------
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Comments
Re: A lenda de Enoah - Capitulo 3
Um turbilhão de emoções, este 3º capitulo! Inquietante, perturbador, na medida em que em face dos actos atrozes, provoca várias sensações no leitor.
Espectáculo!
Re: A lenda de Enoah - Capitulo 3
Gostaria de te dizer tanto, mas tanto, mas perante a beleza, do que aqui se passa, e do poder que te é concedido, eu te digo que és mestre na arte de bem escrever.
Ainda se sente esse palpitar forte e também um odor que se inala a cada passo que se dá na leitura
Parabéns
beijos
Matilde D'Ônix
Re: A lenda de Enoah - Capitulo 3
Uma enorme honra ter a sua atenção e leitura dedicada.
Espero que fique fã desta história, como eu estou.
Um beijo
Re: A lenda de Enoah - Capitulo 3
Bem...
Fiquei boquiaberta...
Está de uma brutalidade genial a cena da violação de Enoah, pior é q, ainda q seja um acto brutal e desumano, sendo uma violação (ainda por cima realizada numa espécie de instrumento de tortura q reduz a vitima a uma condição de servilismo e escravidão, o q torna tudo ainda mais revoltante para o leitor, mais ainda, a meu ver, para uma leitora) tu ainda tornas todo o restante cenario à volta extremamente sexual, como se a cena em si se tornasse intimamente sedutora e engenhosamente contagias o/a leitora com esse ambiente fazendo sentir um misto de horror e desejo... Perturbador...
Genialmente assustador e perturbador...
Bem...
Aguardo impaciente o capitulo 4!
Este capitulo vai ser favorito, pelo carrossel de emoções q me despertou!
Beijinho grande em ti!
Inês
Re: A lenda de Enoah - Capitulo 3
Libbis;
Não o escrevo para perturbar, mas sim porque no meu intimo a história se desenrolaria assim.
Aguardava com expectativa o teu comentário, e esse favorito deixa-me mesmo hiper feliz.
Como muito bem dizes, a ideia não era chocar por chocar, mas narrar uma história que começou no capitulo 1.
À procura de quem sou, vou experimentando diversos registos, ao longo da Saga, enquanto for tendo visitas.
Um beijo....
Re: A lenda de Enoah - Capitulo 3
Desde já o meu obrigado por acompanhares a saga, Val.
Feliz que tenhas gostado!