Cruzes, Sinas e Sinais

Farpas de um Todo deixado à deriva

Fragmentos de uma calma devida,

Equidade de malfadada dor

No peito jaz o batimento em tambor.

 

Cruzes, sinas e sinais

outrora elementos Divinais,

Quedam-se agora mudos.

Na memória de meus Ancestrais!

 

Já fui outrora um Todo

de Verdade composto,

Uno e indivissivel,

De sorte previsivel.

 

Sou agora pois despejado

Na imensidão do vácuo largado

Corpo deveras amado,

No seio da carência largado.

 

Orguho de não ter quebrado

da outra vida agarrado

sonho outrora desejado

Falso vidente, no erro do passado.

 

Já dominei monstros imaginários

já perpetuei santuários

lutei pelo Santo sudário

Paladino de outras verdades.

 

Mas de mim sempre tive saudades!

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Tuesday, January 18, 2011 - 11:46

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Mefistus

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Comments

Henrique's picture

Fragmentos

Do imaginário à verdade, a saudade largada em palavras de um Todo deixado à deriva no poema!

Muito bom!!!

:-)

Clarisse's picture

Cruzes, Sinas e Sinais

Olá Rogério,

 

Uma viagem às viagens que já se fizeram e se fazem hoje. Com um título que nos remete ao misticismo, todo o poema nele nos faz pensar.

Beijo,

Clarisse

 

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